Projeto de investigação

Estudo do INSA para avaliar o impacto da Covid-19 na saúde mental já teve mais 5 mil participantes

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis, está a promover um estudo para avaliar o impacto da Covid-19 na saúde mental e bem-estar dos profissionais de saúde e de outros profissionais que estão na primeira linha de combate à pandemia, assim como da população em geral. Até ao dia 17 de junho, já tinham respondido 5300 profissionais

Os dados obtidos por este projeto de investigação permitirão produzir recomendações que contribuam para a melhoria de respostas dos serviços de saúde aos problemas de saúde mental das populações. O estudo pretende avaliar dimensões consideradas relevantes em saúde mental, tais como bem-estar geral, auto-percepção do estado de saúde, stress, ansiedade, depressão, stress pós-traumático, consumos e adições, resiliência, presentismo, burnout e acesso aos serviços.

Desenvolvido em colaboração com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (ISAMB) e com a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), o trabalho vai também identificar fatores de proteção e/ou fragilização da saúde mental e bem-estar, através de questões sobre a situação individual face à pandemia, conciliação trabalho-família, situação face ao trabalho e rendimento, desempenho profissional e segurança laboral, atividades de lazer e estilos de vida e expectativas face ao futuro.

A recolha de dados do projeto “Saúde Mental em Tempos de Pandemia (SM- Covid-19)” decorre até ao mês de julho, através do preenchimento de um questionário online, composto por 52 itens e que demora cerca de 20 minutos a preencher. O questionário é dirigido a profissionais de saúde e outros profissionais que estão na primeira linha de combate à pandemia, mas também à população em geral.

A pandemia Covid-19 tem impacto na saúde mental e bem-estar, podendo conduzir a ansiedade e depressão ou eventualmente ao suicídio, assim como ao aumento de vulnerabilidade social. De entre os fatores que conduzem à fragilização da saúde mental incluem-se medo, isolamento, frustração, falta de bens essenciais, informação desadequada, perda de rendimentos ou do emprego e estigma.

 

 

 

Fonte: 
SNS
Nota: 
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