De 20 a 22 de outubro

ESEnfC acolhe 1º Seminário Internacional da Rede de Enfermagem de Saúde da Mulher de Países de Língua Portuguesa

Ativista dos direitos humanos moçambicana, Graça Machel Mandela, e diretora do Escritório de Genebra do Fundo das Nações Unidades para a População, Mónica Ferro, dão conferências no primeiro dia do encontro que, amanhã, começa em Coimbra.

Entre amanhã (dia 20 de outubro) e sábado, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) será palco do 1º Seminário Internacional da Rede de Enfermagem de Saúde da Mulher de Países de Língua Portuguesa (RESM-LP).

Subordinado ao tema “As Mulheres e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Contributos da RESM-LP”, o seminário, a decorrer presencialmente no Polo A da ESEnfC (Avenida Bissaya Barreto, na freguesia de Santo António dos Olivais), contará com a participação de cerca de uma centena de congressistas, entre investigadores, professores, técnicos, pessoas ligadas a organizações internacionais e a órgãos de poder político.

Durante três dias, a reflexão incidirá sobre «a estratégia global para a saúde das mulheres no mundo, com enfoque nos países de língua portuguesa», sobre a forma de «divulgar os direitos das mulheres à saúde sexual e reprodutiva» e «sobre a importância do ensino superior em Enfermagem para a saúde das mulheres».

A ex-primeira-dama de Moçambique e da África do Sul e ativista dos direitos humanos, Graça Machel Mandela, e a diretora do Escritório de Genebra do Fundo das Nações Unidades para a População, Mónica Ferro, são protagonistas no primeiro dia de trabalhos. Embora com participações à distância (por videoconferência), proferirão, respetivamente, as conferências "Mulheres: a estratégia global para sobreviver, transformar e prosperar (ODS 2016-2030)" (10h00) e "Os direitos das mulheres à saúde: quem ganha com o investimento na saúde sexual e reprodutiva?" (14h30).

Antes, na sessão de abertura (9h00), intervirão o Presidente da ESEnfC, Fernando Amaral, a coordenadora executiva da RESM-LP e docente da ESEnfC, Maria Neto Leitão, e a diretora-geral do Ensino Superior, Maria da Conceição Bento.

No dia inaugural do seminário, destaque, ainda, para a comunicação de Maria Neto Leitão, intitulada “RESM-LP: da visão à sua operacionalização para a promoção dos ODS. Realidades interpaíses” (9h30).

Sexta-feira, dia 21 de outubro, as conferências principais ficam a cargo do Presidente da ESEnfC – Fernando Amaral dissertará sobre "Educação superior em Enfermagem: impacto na saúde das mulheres" (9h30) – e da enfermeira obstétrica e cofundadora da RESM-LP/Brasil, Maria Antonieta Tyrrel, que falará de "Políticas de Saúde das Mulheres – da universalidade à equidade global" (14h00).

Ministra da Ciência, Elvira Fortunato, no encerramento do seminário

Entre muitos assuntos relevantes, registe-se, ainda, no mesmo dia, a alocução “Comemorações do centenário da International Confederation of Midwives. Sob o tema "100 anos de progressos" (17h00), por Franka Cadée, presidente deste organismo.

Já a sessão de encerramento (dia 22 de outubro, às 12h30) contará com as palavras da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Elvira Fortunato, de Cristina Parada (representante da coordenação de Enfermagem na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, no Brasil), de Manuel Duarte Varela (diretor provincial de Saúde de Luanda, em Angola) e de Teresa Silva (enfermeira e docente na ESEnfC, cofundadora da RESM-LP).

Sediada em Portugal, na ESEnfC (eleita para a coordenação transcontinental), a RESM-LP beneficia da cooperação de enfermeiros e parteiras empenhados na promoção da melhoria da saúde da mulher e da saúde sexual e reprodutiva nos países que partilham a quarta língua mais falada no mundo, tendo os homens como parceiros estratégicos nesta missão.

A RESM-LP é constituída, sobretudo, por enfermeiras e parteiras de oito países – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste –, que integram organizações políticas, instituições académicas, organizações profissionais e que prestam cuidados de saúde nos serviços públicos de cada uma destas nações.

A RESM-LP procura contribuir «para que cada mulher e cada menina que vivem em países de língua portuguesa desenvolvam o seu potencial de saúde, conheçam os seus direitos, sejam capazes de se autodeterminar face ao seu projeto de vida e de saúde, tenham oportunidades sociais e económicas e possam participar plenamente na construção de sociedades sustentáveis e prósperas».

Em 2019, a RESM-LP foi reconhecida pelos ministros da Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), os quais, reunidos em Genebra, à margem da 72ª Assembleia Mundial da Saúde, notaram «o trabalho fundamental de análise da situação de saúde da mulher, da saúde sexual, reprodutiva e neonatal e a possibilidade de desenvolver respostas sustentáveis que promovam a interligação entre investigação, formação e prática clínica». E sublinharam, por isso, «a necessidade de os Estados-Membros da CPLP identificarem pontos focais nos respetivos ministérios da Saúde para integrarem a Rede de Enfermagem de Saúde da Mulher de Países de Língua Portuguesa».

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