Estudo

Dor de braço e dor de cabeça são os efeitos secundários mais frequentes da vacina contra a Covid-19

Os efeitos secundários mais frequentes das vacinas contra a Covid-19 são a dor no local da injeção. No entanto, cerca de uma em cada quatro pessoas reportou febre, dor de cabeça, náuseas e fadiga, após a toma da vacina, avança um estudo realizado por investigadores britânicos.

Os investigadores do ZOE Covid Symptom Study analisaram os sintomas reportados por 627.383 pessoas nos oito dias após terem sido vacinadas.

Cerca de 70% das pessoas que foram inoculadas com a vacinada Pfizer relataram reações como dor, vermelhidão ou inchaço, no local da injeção. 60% daqueles que foram vacinados com a vacina da AstraZeneca apresentaram as mesmas reações.

A tendência foi invertida para as reações que afetam todo o corpo em vez de apenas o local da injeção. Assim, avançam os especialistas, do que receberam a vacina da AstraZeneca, 34% reportou alguma reação "sistémica" (corpo inteiro) como dor de cabeça, cansaço ou calafrios. Já entre aqueles que receberam a vacina da Pfizer, 14% apresentou manifestações semelhantes após a primeira dose, e 22 % após a segunda.

O sintoma mais comum foi a dor de cabeça, sublinha a equipa de investigação.

Segundo o autor principal do estudo, Tim Spector, do King’s College London, estas descobertas devem tranquilizar as pessoas uma vez que os efeitos secundários da vacina são "geralmente leves e de curta duração".

No entanto, o investigador ressalvou que existe uma grande variedade de respostas à vacina, tal como acontece para o vírus, e que dependem da idade e do sexo, entre outros fatores.

Entre todos os utilizadores vacinados da aplicação de sintomas ZOE, um em cada quatro (25%) teve uma destas reações corporais e dois terços (66%) teve uma reação local.

As mulheres, as pessoas com menos de 55 anos e as que tiveram uma infeção Covid no passado eram mais propensas a sofrer efeitos secundários.

Na fase final dos ensaios clínicos da vacina da Pfizer, cerca de 77% das pessoas tiveram dor no local da injeção em comparação com pouco menos de 30% neste estudo, enquanto a proporção de pessoas que sofrem de fadiga e dor de cabeça era três a cinco vezes menor.

Para AstraZeneca, cerca de metade das pessoas tiveram uma reação corporal como febre ou fadiga, tal como foi registrado em ensaios clínicos.

Isto pode ser explicado pelo facto de as pessoas nos ensaios clínicos serem mais jovens e saudáveis, ou porque estarem mais nervosas por participarem ensaio de uma vacina experimental podem estar mais nervosas, estando por isso mais propensos a identificar sintomas, sugeriu Tim Spector.

Fonte: 
BBC
Nota: 
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