Estudo mostra os perigos

Crianças começam cada vez mais cedo a utilizar os dispositivos digitais

Um estudo da Ofcom, sobre o uso de dispositivos multimédia por crianças, revelou que os pais estão a ficar cada vez mais preocupados com a Internet. Para além disso, revelou que as crianças mais pequenas estão a passar mais tempo do que nunca com dispositivos digitais, devido à sua acessibilidade.

Em geral, quanto mais velhas são as crianças, mais usam e interagem com dispositivos e serviços multimédia. Os jovens na faixa etária dos 12 aos 15 anos estão, cada vez mais, online por semana. Escolhem os serviços de TV mais populares, como a Netflix, Now TV, Amazon Prime Vídeo ou o site de partilha de vídeos YouTube. Para além disso, têm um perfil nas redes sociais. Por outro lado, as crianças em idade pré-escolar, dos 3 aos 4 anos, estão a passar cada vez mais tempo com tablets.

"O número de crianças mais pequenas que usam dispositivos eletrónicos ligados à Internet está a crescer rapidamente. Isto significa que mais pessoas poderão tornar-se vítimas de ataques cibernéticos ou deparar-se com outras ameaças, como o cyberbullying ou conteúdos ofensivos. Assim, os pais devem acompanhar mais de perto as atividades online dos seus filhos e começar a educá-los o mais cedo possível", afirma Daniel Markuson, especialista em privacidade digital da NordVPN.

Em comparação com o ano anterior, os conteúdos criados por vloggers foram mais populares do que nunca entre as crianças dos 3 aos 15 anos. Esses conteúdos também foram vistos como uma fonte de inspiração para a criatividade. Muitos dos entrevistados carregam conteúdos no YouTube e no Musical.ly, e imitam, frequentemente, outros YouTubers populares. Além disso, a crescente popularidade dos vloggers pode ser responsável pela crescente pressão para gastar dinheiro online. Embora os jovens entendam que os seus YouTubers favoritos são pagos pela recomendação de produtos, isso não os impede de comprar os produtos promovidos.

No que diz respeito às preocupações dos pais, as maiores dizem respeito às "empresas que recolhem informações sobre o que os seus filhos fazem online". Ao longo do ano, três outras questões suscitaram mais preocupações: os filhos prejudicarem a sua reputação, a pressão sobre os filhos para gastarem dinheiro online e a possibilidade de se radicalizarem online.

Apesar das preocupações crescentes, os pais são, por vezes, menos propensos a restringir as atividades dos seus filhos. Em 2018, comparativamente com 2017, a probabilidade de as crianças dos 12 aos 15 anos dizerem que tinham recebido informações ou conselhos dos pais ou responsáveis foi menor. Alguns pais pensavam que os seus filhos estavam a usar o bom senso enquanto interagiam online. Outros acreditavam que o uso da Internet em segurança já era ensinado nas escolas.

A NordVPN recomenda que os pais passem mais tempo a conversar com os filhos sobre as ameaças no mundo digital. "A educação sobre a cibersegurança deve começar numa idade precoce, quando as figuras parentais ainda são autoridades. Limitar determinadas atividades online não é, muitas das vezes, a melhor opção. Em vez disso, deve tentar-se explicar aos filhos como é importante a reputação digital, a verificação de factos, o comportamento e a segurança online, bem como funciona a publicidade online. Ser aberto e cooperante ganhará a confiança da criança. O mais importante é os pais ou responsáveis darem o melhor exemplo possível", explica Daniel Markuson.

O estudo "Crianças e pais: relatório de 2018 sobre a utilização e comportamentos com dispositivos digitais" foi lançado em fevereiro de 2019.

Fonte: 
NordVPN
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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