2ª sessão do Innovation Lab Talks Webinar Cycle

Cooperação entre entidades públicas e privadas é essencial num contexto de ataque bioterrorista

Nenhum país, independentemente da sua riqueza ou dimensão, está preparado para um ataque biológico. A resposta tem de ser transversal envolvendo entidades públicas e privadas.

A estreita colaboração entre todos os setores da sociedade, são vitais para uma resposta coordenada, organizada e eficiente a um ataque biológico. Esta é a opinião unânime dos convidados na sessão “Modelling Logistics in Response to Bioterrorism” do “Innovation Lab Talk Webinar Cycle – How to Adapt Logistics to Extreme Situations?”, organizado pela APP – Advanced Products Portugal - com o objetivo de debater a capacidade de adaptação da logística portuguesa a situações extremas.

Na segunda sessão, o foco foi um ataque bioterrorista e os convidados foram Major Wilson Antunes, Researcher no Exército Português, Manuela Oliveira, Junior Researcher no i3S, Silvestre Machado, Head of Security, Safety and Survey da Auchan e Manuel Pizarro, CEO da APP, que debateram em conjunto a resposta a este cenário.

A abertura da sessão ficou a cargo do Major Wilson Antunes, Laboratório de Bromatologia e Defesa Biológica do Exército Português, com a apresentação de um cenário hipotético de ataque biológico, abrindo o debate entre os intervenientes sobre as implicações na cadeia de abastecimento e logística.

De salientar, que a preocupação biológica ou química está presente no Exército Português desde 1916, aquando da I Guerra Mundial, tendo ao longo do tempo sofrido algumas alterações e adaptações às novas realidades. Silvestre Machado, salientou a necessidade das empresas desenvolverem os seus próprios planos de contingência internos e a criação de equipas dedicadas. Focando o exemplo da Auchan e as suas políticas internas que garantem a segurança dos seus produtos ao longo de toda a cadeia de produção e distribuição, através de um apurado sistema de rastreabilidade. A Auchan tem uma estrutura multidisciplicar, especializada e focada neste trabalho. Além da segurança dos produtos, dado trabalharem com bens essenciais, a manutenção de stocks em períodos de carência é outro dos pontos importantes num plano de contingência.

Para Manuel Pizarro, em relação a este tema, salientou a necessidade de estabelecer prioridades, ser criterioso e maximizar os sistemas integrados na cadeia de logística, assim como reforçou a importância da integração dos sistemas de monitorização e controlo para garantir a rastreabilidade, a qualidade e a segurança dos produtos essenciais à população, como alimentos e medicamentos.

 

 

Fonte: 
Loyal Advisory
Nota: 
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Foto: 
Pixabay