Consumo de antidepressivos aumenta durante a pandemia

Segundo a publicação, a procura por medicamentos antidepressivos nas farmácias portuguesas aumentou 4,8% face ao período homólogo, registando um pico no primeiro confinamento, em março e abril de 2020.
Isabel do Carmo, especialista citada pelo ‘Negócios’, revela que atualmente “há mais pessoas com crises de ansiedade”, com “a pandemia a originar depressão. É a chamada reação natural, fisiológica. A situação é má, o que desencadeia problemas e fisiologicamente as pessoas deprimem-se, entristecem”, explica.
No sentido inverso, a médica considera que a redução das vendas de ansiolíticos, de 7,5%, “é uma atitude correta de forma técnica”, refere. “Andar a tapar buracos com ansiolíticos é apenas suprimir algum sofrimento durante umas horas. (…) O que se deve fazer é ajudar as pessoas a deprimirem menos. Temos de combater a depressão e não tapar os buracos da ansiedade”, defende.
Para além disso, a médica refere ainda o aumento homólogo de 4,6% nas vendas de antiepiléticos e anticonvulsivantes, um reflexo de mais crises neurológicas em virtude das medidas impostas para combater o vírus.