Relatório europeu sobre comportamentos aditivos

Consumo de álcool aumentou entre jovens

Relatório europeu alerta para o aumento do consumo de álcool entre jovens até aos 16 anos, ao longo dos últimos quatro anos.

De acordo com “European School Survey Project on Alcohol and other Drugs (ESPAD)”, que permite acompanhar as tendências europeias no que diz respeito à evolução dos comportamentos aditivos entre jovens de 16 anos, entre 2015 e 2019, a percentagem de alunos de 16 anos que ingeriram pelo menos uma bebida alcoólica ao longo da vida aumentou de 71% para 77%. Ainda assim, o país mantém-se abaixo da média europeia relativamente à prevalência de consumo de álcool nos últimos 30 dias, à prevalência de embriaguez também nos últimos 30 dias e ao ‘binge drinking’.

Entre as bebidas mais consumidas estão as bebidas destiladas. Portugal é assim, a seguir à Espanha, o segundo país em que os jovens mais consumem este tipo de bebida.  

O inquérito revela ainda que “a percentagem de jovens portugueses de 16 anos que iniciaram o seu consumo aos 13 anos ou menos é consideravelmente superior à média europeia”.

No que diz respeito ao consumo de tabaco, o estudo comparativo, mostra que o seu consumo caiu entre os jovens portugueses.

“Em relação ao consumo de tabaco tradicional, entre 2015 e 2019, verificou-se em Portugal um decréscimo (-3 pontos percentuais) menos acentuado do que na média dos países participantes (-5 pontos percentuais)”, lê-se no relatório, que sublinha também um desagravamento do uso diário do tabaco.

O consumo do tabaco eletrónico também caiu em Portugal cinco pontos percentuais ao longo do mesmo período, mais do que na média europeia (que registou menos dois pontos percentuais). Portugal, assim, é o segundo país com menos consumidores deste tipo de cigarros.

Relativamente à média europeia, os resultados mostram descidas no consumo não só do tabaco, mas também das drogas ilícitas.

Relativamente a outros comportamentos aditivos, mais de metade dos jovens portugueses, que são dos que passam mais tempo em redes sociais ao fim de semana, admitiram ter tido problemas decorrentes da utilização da Internet em redes sociais e 24% em jogos ‘online’.

Já o jogo a dinheiro, em que participaram no último ano cerca de 22% dos jovens, à semelhança da média europeia, acontece sobretudo fora das redes, uma vez que o jogo ‘online’ foi declarado nos últimos 12 meses por 6% dos jovens portugueses, que preferem as lotarias e apostas desportivas.

Fonte: 
Sapo
Nota: 
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