Carlos Monteiro não tem dúvidas que estamos à beira de uma sexta vaga da pandemia

CEO da BIOJAM afirma que “nunca os testes foram tão necessários como agora”

“Nunca os testes foram tão necessários como agora” é a convicção de Carlos Monteiro, CEO da BIOJAM Holding Group, que considera não haver dúvidas que estaremos perante a iminência de uma sexta vaga da pandemia, o que se explica pelo facto de “estarmos perante uma variante de rápida propagação e mais difícil de detetar devido aos sintomas que são, naturalmente, mais ligeiros e ao tempo de incubação que é mais curto.” Segundo os analistas, a linhagem BA.2 da variante Ómicron já é responsável por mais de 76% das infeções no país, sendo que apresenta alterações estruturais substanciais face à linhagem dominante até aqui.

Como explica Augusto Santos Costa, Diretor Técnico da BIOJAM "a Ómicron BA.2 difere da Ómicron BA.1, dominante até ao surgimento desta nova variante. Estas alterações não agravam o impacto da infeção, mas podem levar a uma perda de eficácia dos anticorpos, quer estes tenham origem na vacina ou numa infeção prévia com a Delta, ou com a BA.1. É esta a razão para a ocorrência de reinfeções cada vez mais difíceis de detetar". O responsável pelo departamento médico da farmacêutica relembra ainda que “segundo estudos já realizados a BA.2 é cerca de 30% mais transmissível do que a BA.1, estando presente em 1 em cada 5 casos de covid-19 em todo o mundo”.

Para a BIOJAM, uma das primeiras empresas a colocar no mercado os testes rápidos de antigénio, a rápida transmissibilidade, associada ao levantamento de restrições são dois aspetos que poderão potenciar um rápido crescimento de casos: “Na BIOJAM sempre procurámos antecipar quais poderão ser as necessidades do mercado. Através dos parceiros que temos em todo o mundo, em especial os da Coreia do Sul, percebemos que estamos longe de entrar na fase final de pandemia de Covid-19. Ainda que estejamos na transição para uma situação endémica e que as vacinas atenuem o impacto do COVID-19, é fundamental manter a monitorização de casos através da testagem e as regras de higienização”, acrescenta Carlos Monteiro relembrando que a Coreia do Sul registou, esta semana, o recorde de infeções por COVID-19, registando mais de 600.000 casos, naquele que é já considerado o pico da vaga causada pela variante Ómicron.

Suportada por estudos e relatórios dos parceiros internacionais e por estudos nacionais, como o do Instituto Superior Técnico, recentemente divulgado, a BIOJAM irá manter as unidades de rastreio e o stock de testes até que os níveis de contágio sejam reduzidos e não se verifique perigos maiores para determinados grupos de risco. Para Augusto Santos Costa “apesar de os últimos dados apontarem para uma baixa letalidade global, na ordem dos 0,189%, em média a sete dias, é possível que venha a ocorrer uma subida relacionada com a diminuição da cobertura imunitária em grupos de idosos com mais de 80 anos, onde o nível de letalidade está novamente a subir”.

No início do ano a farmacêutica estabeleceu um acordo com o seu parceiro sul-coreano com vista a assegurar junto de todas as entidades Portuguesas uma rápida resposta à crescente procura de testes de uso profissional. Esta é uma parceria que veio permitir à BIOJAM, representante exclusivo dos testes rápidos de antigénio PCL COVID19 Ag Gold, colocar no mercado nacional um milhão de testes por semana, o que corresponde a 50% da capacidade de produção semanal do fabricante. Desta forma, Portugal assume-se como um dos países de referência para a distribuição de testes PCL. Apesar do levantamento das restrições, no que toca à apresentação de testes, e à redução da comparticipação dos mesmos, a empresa irá manter toda a estrutura de realização de testes, assim como as parcerias para manutenção de stocks.

Na área da distribuição de soluções de diagnóstico COVID-19, a BIOJAM Holding Group foi umas das primeiras empresas a colocar no mercado testes serológicos e a apresentar no final do verão de 2020 os testes rápidos de antigénio Sars-Cov-2. Foi pioneira no que toca aos testes DUO e à introdução do método de colheita por saliva, em Portugal.

Fonte: 
Multicom
Nota: 
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