Retoma de atividade

Centro hospitalar Universitário do Porto prevê alcançar 100% da atividade cirúrgica nos próximos meses

O Centro Hospitalar Universitário (CHU) do Porto espera alcançar os 100% de atividade cirúrgica programada entre julho e agosto e que a “situação fique normalizada até final do primeiro trimestre” de 2021, revelou na passada sexta-feira, o conselho de administração.

“Até ao final desta semana estamos nos 70% da atividade normal [no que diz respeito a cirurgias]. Até ao final de junho, progressivamente, chegaremos aos 90%, em julho vamos aproximar-nos dos 100% e a partir de setembro teremos um plano no mínimo de 5% ao mês relativamente a 2019, que foi um ano em que tivemos a maior atividade cirúrgica de sempre. Até ao final do primeiro trimestre do próximo ano, espero que a situação esteja normalizada”, explicou o Presidente do CHUP, Paulo Barbosa.

O CHU do Porto agrega o Hospital de Santo António, o Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN), o Centro Integrado de Cirurgia de Ambulatório (CICA) e o Centro de Genética Médica Doutor Jacinto Magalhães (CGMJM).

No Hospital de Santo António, no Porto, estão atualmente internados oito doentes infetados com o novo coronavírus, três dos quais em cuidados intensivos. Paulo Barbosa afirmou que o número de infetados neste hospital “felizmente caiu a pique”, mas recordou que “enquanto o vírus permanecer na comunidade, o número pode ser baixo, mas a situação vai permanecer”.

O Hospital de Santo António chegou a ter 330 doentes internados com Covid-19, quase 800 em seguimento em domicílio e cerca de 60 em cuidados intensivos.

“Atualmente a situação está controlada. O número de novos casos no Norte tem sido muito baixo. Mas importa dar resposta ao que ficou para trás porque a atividade programada teve de ser reduzida. Tivemos longe de esgotar a capacidade instalada, mas houve períodos em que o crescimento do internamento de doentes foi exponencial”, descreveu Paulo Barbosa.

De acordo com o responsável, de 2 de março a 2 de junho, foram operados apenas 33% dos doentes face ao previsível, o que correspondeu a cerca de 4.600 doentes não operados.

Quanto à consulta, o Presidente do Conselho de Administração frisou que “o panorama é diferente, porque o recurso à consulta à distância permitiu mitigar muito a dificuldade de acesso ao hospital”, no entanto, de janeiro a junho registou-se uma quebra de 5% em segundas consultas e nas primeiras consultas a quebra andou na ordem dos 50%.

“Já estamos a recuperar. Nas segundas consultas já recuperamos 5%. Nas primeiras ainda estamos 30% abaixo do expectável. As explicações são as restrições de circulação e de acesso, algumas ainda persistem para algumas pessoas, e um número elevado de doentes ainda tem medo de vir ao hospital”, referiu, apontando para 20% de faltas às primeiras, o que corresponde a 500/600 doentes por semana.

Fonte: 
SNS
Nota: 
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