'Viva na pele de quem se sente bem’

Campanha Nacional alerta para a Urticária Crónica Espontânea

Apesar de mais rara, a urticária crónica espontânea apresenta um grande impacto na vida dos doentes. Associada a doenças cardiometabólicas, rinite alérgica, ansiedade e depressão, estima-se que dois terços dos doentes com urticária sejam afetados por esta forma da doença. Para assinalar o Dia Mundial da Urticária, celebrado anualmente a 1 de outubro, a Novartis e a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) uniram-se em torno da campanha nacional ‘Viva na pele de quem se sente bem’.

O movimento pretende sensibilizar a população para que esta esteja mais alerta para as implicações desta patologia e também demonstrar que é possível viver bem com a nossa pele, mesmo que esta tenha urticária. Com o intuito de sensibilizar para a doença, a campanha pretende chamar a atenção para os sintomas de Urticária Crónica Espontânea (UCE), levando assim a que as pessoas valorizem sintomas como manchas avermelhadas e com relevo, comichão intensa e inchaço (edema) e procurem seguimento e tratamento adequados.

Pelo quarto ano consecutivo a Novartis e a SPAIC desenvolveram uma campanha de divulgação da UCE, reconhecendo a necessidade de informação e sensibilização da sociedade para esta doença que continua subvalorizada, vista muitas vezes apenas como um problema estético e não como uma doença crónica de pele com elevado impacto na vida dos doentes. Cerca de 30,9% dos doentes com urticária crónica reportam um elevado impacto na sua qualidade de vida.

Mantendo a assinatura #eusouatuarede, pretende-se reforçar a necessidade das pessoas com UCE contarem com uma rede de apoio e compreensão que reconheça as suas dificuldades, necessidades e a gravidade da doença.

Neste sentido, pretende-se gerar um movimento nacional, que envolva a maior “mancha” possível na sociedade, de forma a que reconheça o impacto desta doença.

Com uma comunicação diversificada e suportada em diferentes segmentos de media e plataformas digitais, nomeadamente o Instagram e o site da Novartis, o foco da campanha mantém-se assim na geração de informação para os doentes com urticária e para todos os que possam ter contacto com esta doença. Através dos seus canais de comunicação, a SPAIC tem disponíveis materiais educativos para a população sobre urticária (recentemente sobre COVID-19 e urticária) bem como várias ações de formação sobre urticária para profissionais de saúde.

A Urticária Crónica Espontânea é uma doença que se estima afetar de 0,5 a 1% da população mundial. Os principais sinais da doença são manchas avermelhadas e com relevo que dão comichão intensa e podem, ainda, provocar inchaço (edema). Trata-se de uma doença complexa e incapacitante que pode ser classificada como crónica (no caso de persistir por mais de 6 semanas) ou aguda (até 6 semanas)1. A Urticária Crónica pode dividir-se, ainda, em espontânea (despoletada sem um fator externo evidente) ou indutível (sintomas induzidos por fatores específicos como temperatura, pressão, etc).

A urticária afeta entre 20%-25% da população a nível mundial, pelo menos uma vez na vida e os especialistas preveem que pelo menos cerca de 1% sofre de Urticária Crónica (UC) durante a sua vida. Por outro lado, a UCE representa 2/3 de todos os casos de urticária existentes e, apesar de não ser causada por fatores específicos, prevalece em média entre um a cinco anos. Contudo, em 20% dos casos a doença pode-se prolongar até um período de 10 anos, estando descritos casos raros de períodos superiores a 50 anos.

Os doentes mais afetados com urticária crónica são maioritariamente do sexo feminino (58%)2,5 e o pico de incidência da doença verifica-se entre os 20 e os 40 anos de idade. Cerca de 75% dos doentes Portugueses com urticária crónica apresentam comorbilidades. Destes, 52,6% apresentam doenças cardiometabólicas, 40,4% apresentam depressão, 35,1% ansiedade e 35,1% rinite alérgica.

Fonte: 
YoungNetwork Group
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Shutterstock e Novartis