No Âmbito dos Angelini University Awards!

Bastonários e DGS destacam o papel fundamental dos jovens na criação de soluções para crises futuras em saúde

Os profissionais de saúde têm desempenhado um papel incontornável, que demonstra capacidade de resiliência, empenho e adaptação, na gestão da atual crise em saúde. O diagnóstico dos problemas está feito e neste momento faltam as soluções. O Bastonário da Ordem dos Médicos, a Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e o Chefe da Divisão de Literacia em Saúde e Bem-Estar da Direção-Geral da Saúde refletem sobre as principais aprendizagens que a pandemia trouxe e como gerir as futuras crises em saúde em duas conversas informais que serão publicadas nos dias 18 e 25 de maio na página de Facebook dos Angelini University Awards!, um concurso que pretende premiar as melhores “Soluções de Crises em Saúde”.

Capacidade de inovação e pensar de forma diferente são algumas das qualidades que Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, identifica nos jovens que ainda estão nas universidades. Em tempo de pandemia, este considera os Angelini University Awards! uma iniciativa “que se adapta na perfeição aos tempos atuais”.

“Estamos a falar de jovens que estão nas universidades, pessoas que transportam em si mesmos a capacidade de inovação, que conseguem pensar fora da caixa”, defende, acrescentando que esta é “uma época em que estamos em grande transformação dos sistemas de saúde e na qual as ideias inovadoras podem ter um impacto muito grande”.

“Considero muito relevante podermos efetivamente reconhecer aquilo que os mais jovens, e que ainda estão nas respetivas academias, pensam sobre a saúde e como é que olham para soluções nesta área”, afirma Ana Paula Martins, Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, que dá como exemplo a forma como os farmacêuticos tiveram de se adaptar ao contexto pandémico e arranjar estratégias para conseguirem responder às necessidades da população.

Segundo a Bastonária, a farmácia hospitalar teve um enorme impacto, sendo obrigada a reorganizar-se por completo. Foi necessário pensar em modelos inovadores que facilitassem o acesso dos doentes à terapêutica, algo que aponta como uma mudança muito importante que se deve à pandemia. Mesmo com todas as dificuldades com as quais os profissionais de saúde e, concretamente, os farmacêuticos tiveram de lidar, a pandemia trouxe-lhes também “o benefício de mostrar que efetivamente conseguem lidar com situações de crise”.

Relativamente aos médicos, o Bastonário explica que estes “foram apanhados de surpresa, tal como toda a gente, e, de repente, tiveram de ter o engenho e a arte para tentar superar as grandes dificuldades que as pessoas já estavam a sentir”.

“Estávamos a lutar contra um vírus desconhecido. Os médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais de saúde tinham uma missão difícil de tentar salvar vidas. Por outro lado, tinham também a missão de tentar controlar as cadeias de transmissão da doença e éramos poucos”, diz Miguel Guimarães, realçando a capacidade de liderança clínica, nomeadamente dos Conselhos de Administração dos Hospitais, e de adaptação para tentar ultrapassar as dificuldades de recursos humanos.

Estes exemplos vão ao encontro da opinião de Miguel Telo de Arriaga, Chefe da Divisão de Literacia em Saúde e Bem-Estar da Direção-Geral da Saúde, que explica que a DGS teve também de se adaptar ao contexto pandémico. Um dos principais desafios passou pela capacidade de comunicar de forma correta e bem-sucedida junto da população.

Para o fazer, uma das inovações adotadas pela DGS foi a formação de agentes sociais que funcionam como “micro-influenciadores”. “Formámos militares da GNR, agentes de segurança pública, bombeiros, proteção civil social, (…) e já são mais de cinco mil. Conseguimos chegar a pessoas a quem dificilmente conseguiríamos chegar”, congratula, explicando que o mote foi sempre o mesmo desde o início: “Não deixar ninguém para trás”.

“Ao invés de uma fase repressiva, tivemos desde o primeiro momento uma fase de promoção de literacia com múltiplos atores”, acrescenta. “O que nos trouxe esta pandemia foi a necessidade de trabalharmos em conjunto e fizemo-lo de uma forma muito rápida e ágil. É algo que não podemos perder”, refere ainda Miguel Telo de Arriaga . Uma opinião partilhada pela bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, que considera que existe uma “inteligência colaborativa” que veio para ficar.

Estas conversas foram moderadas por Eduardo Ribeiro, diretor médico da Angelini Pharma Portugal, e surgem no contexto dos Angelini University Awards!, um concurso dirigido a jovens universitários na área da saúde, que este ano tem como tema “Soluções de Crises em Saúde - Identificar, gerir e cuidar”.  Os dois melhores projetos serão distinguidos com um prémio no valor de € 10.000 e € 5.000, respetivamente. Paralelamente, decorre ainda a 4.ª edição do Prémio de Jornalismo, promovido pela Angelini Pharma e que pretende distinguir o melhor trabalho jornalístico publicado ou emitido por um meio de comunicação social em Portugal, entre 1 de janeiro e 30 de setembro de 2021. O prémio tem um valor de € 2.500 e as candidaturas podem ser submetidas até 30 de outubro.

Para mais informação sobre os Prémios AUA! e o Prémio de Jornalismo, consultar o site oficial: www.aua.pt.

Fonte: 
Hill+Knowlton Strategies Portugal
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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