O lúpus é uma doença autoimune

Associação de Doentes com Lúpus alerta para a importância da prevenção de lesões em órgãos vitais

No âmbito das celebrações do Dia Mundial das Doenças Reumáticas, que se assinalou no passado dia 12 de outubro, a Associação de Doentes com Lúpus (ADL) deixou o alerta para a importância de os doentes com lúpus prevenirem o aparecimento de lesões em órgãos vitais que podem ser evitadas através do tratamento atempado e adequado desta doença. Os doentes com lúpus podem apresentar vários sintomas, variando, também eles, ao longo do tempo, incluindo dores nas articulações provocadas por inflamação, fadiga extrema, febre sem motivo aparente e erupções cutâneas, que por vezes dificultam o correto diagnóstico desta doença.

Estima-se que pelo menos cinco milhões de pessoas a nível mundial sofram de LES e estima-se que 30 a 50% destes doentes desenvolverão NL no prazo de cinco anos após o diagnóstico.

O lúpus é por isso uma doença que, se não for corretamente diagnosticada e adequadamente tratada, pode ter efeitos devastadores na vida dos doentes e, em casos mais graves, pode até comprometer a sobrevivência destes. Contudo, atualmente, já existem soluções inovadoras, através de tratamentos biológicos, que permitem aos doentes viver com esta doença e ter um melhor prognóstico do que há uns anos atrás, evitando desta forma a evolução da doença com o passar do tempo.

“É importante que os doentes com LES estejam conscientes de que hoje em dia existem alternativas terapêuticas que permitem, nos casos indicados, evitar efeitos secundários desnecessários, reduzir o risco de lesões de órgãos vitais evitáveis e melhorar os resultados clínicos a longo prazo”, afirma Nikita Khmelinskii, reumatologista do Centro Hospital Lisboa Norte (CHLN).

De acordo com dados de um estudo de grandes dimensões que avaliou a prevalência de doenças reumáticas em Portugal (EpiReuma), existem cerca de 100 casos de LES por cada 100 mil habitantes.

“O LES não é uma doença totalmente esclarecida e é frequentemente conhecida pela ‘doença de mil faces’ devido às diversas manifestações clínicas que pode ter e que em muito dificultam o seu diagnóstico. É por este motivo, que para os doentes já diagnosticados a utilização dos tratamentos inovadores disponíveis são a chave para manter a doença em remissão ou pelo menos evitar o número de agudizações”, explica Maria Catarina Mota da Silva, Presidente da ADL.

Entre os principais sinais e sintomas do LES destacam-se a fadiga, dores musculares, perda de peso, bem como manifestações: cutâneas, articulares, hematológicas, renais, cardiopulmonares e neuropsiquiátricas. Para mais informações consulte http://www.lupus.pt e em caso de dúvida consulte o seu médico.

Fonte: 
Associação de Doentes com Lúpus
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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