Sem cura, é possível controlar

Aos primeiros sinais suspeitos de Psoríase, “há que procurar ajuda médica”, alerta PSOPortugal

No âmbito do Dia Mundial da Psoríase, que se assinala a 29 de outubro, a Associação Portuguesa da Psoríase alerta para a importância de procurar ajuda médica e seguir com o tratamento prescrito para controlo de uma doença que afeta 1 a 3% da população.

A psoríase é uma doença crónica, inflamatória, autoimune e sistémica que se manifesta na pele, podendo surgir em qualquer idade, com um impacto psicossocial grave no doente.

Esta doença, não contagiosa, caracteriza-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afetam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Em cerca de 1/3 dos doentes, a psoríase atinge as articulações, dando origem à artrite psoriática.

A sua base é genética, podendo os surtos desencadearem-se devido a stress, problemas laborais, angústia, depressão e, até, em consequência de infeções ou da toma de alguns medicamentos. No entanto, o seu carácter genético não implica que ocorra uma hereditariedade de pais para filhos, apesar de se verificar uma maior probabilidade do aparecimento da doença.

Adotar hábitos de vida saudáveis, como praticar uma alimentação saudável, evitando o consumo de tabaco e de álcool, são algumas das recomendações gerais que a PSOPortugal e a LEO Pharma deixam, no âmbito do Dia Mundial Psoríase.

Por outro lado, a aplicação de cremes hidratantes e agentes queratolíticos (substâncias que dissolvem ou destroem a camada córnea da pele), que favorecem uma hidratação profunda da pele por evitar a perda de água por evaporação na camada mais externa da pele, é também recomendada.

“A exposição solar (Helioterapia) deve ser moderada, uma vez que os raios solares ajudam no processo de regeneração da pele a ajudam a controlar a psoríase”, acrescentam referindo que a utilização de roupas confortáveis é essencial para “minimizar a irritação e maximizar o conforto”.

Participar em grupos de apoio com o objetivo de partilhar experiências, procurar aconselhamento médico e seguir com o tratamento prescrito são ainda medidas altamente recomendadas.

“Aos primeiros sinais suspeitos, há que procurar ajuda médica e, uma vez diagnosticada a doença, há que seguir o tratamento prescrito. Isto é fundamental para o controlo da doença e, consequentemente, para uma melhor qualidade de vida”, afirma Jaime Melancia, Presidente da PSO Portugal.

Não existe ainda uma cura para a psoríase, mas hoje em dia existe um conjunto variado de tratamentos, adaptados a cada doente, cujo uso isolado ou conjugado permite controlar os sinais e sintomas na maioria dos casos.

Os tratamentos para a psoríase podem controlar os sinais e sintomas da doença, diminuindo quase totalmente ou limpando totalmente as lesões associadas à doença e proporcionando uma grande melhoria na qualidade de vida do doente. Atuam na inflamação, reduzindo-a e diminuindo a proliferação de células na camada superficial da pele. Os tratamentos mais comuns para a psoríase são corticoides, análogos da vitamina D, ácido salicílico, radiações ultravioletas (fototerapia), medicamentos orais sistémicos e agentes biológicos.

“Tem havido grandes avanços nos tratamentos para a psoríase, partindo os mesmos de uma mudança na abordagem, tendo em conta que não se trata exclusivamente de uma doença de pele, mas sendo também uma patologia sistémica, inflamatória, imunomediada, que afeta também outros órgãos. Hoje, com as novas terapêuticas disponíveis, pode obter-se uma limpeza total ou quase total da pele, o que significa uma melhor qualidade de vida para o doente”, acrescenta Ana Belén Romero, Diretora Médica LEO Pharma Portugal e Espanha.

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