Vacina da AstraZeneca e eventos tromboembólicos

Agência Europeia de Medicamentos reafirma que ainda não chegou a nenhuma conclusão

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) vai formular uma recomendação esta semana sobre o uso da vacina AstraZeneca após avaliar os raros casos de trombose que ocorreram entre aqueles que receberam aquele medicamento.

O órgão com sede em Amsterdão afirmou até agora que a vacina é eficaz e segura, embora não tenha descartado riscos isolados. Holanda e a Alemanha suspenderam a sua administração a menores de 60 anos até que o resultado das deliberações seja conhecido.

Os países da UE aguardam os resultados da reunião do Comité de Avaliação do Risco de Farmacovigilância (PROC), que deverá apresentar uma “recomendação atualizada” após análise dos raros episódios de trombose que lhe foram encaminhados pelas autoridades de saúde nacionais. 

Na última reunião, realizada na última quarta-feira, o órgão comunitário continuou a defender que os benefícios da vacina superam os "possíveis riscos". E, embora tenha concluído que o uso da formulação do grupo anglo-sueco não está associado a um aumento geral do risco de coagulação do sangue, admitiu, no entanto, que os casos já registados exigiam "investigação adicional".

Hoje, pela primeira vez, um alto funcionário da EMA estabeleceu a ligação entre a vacina e os coágulos que foram relatados. Antes da reunião do comité de especialistas desta semana, o chefe de estratégias de vacinas, Marco Cavaleri, afirmou a título pessoal em entrevista ao jornal italiano Il Messagero que “é claro que há uma ligação com a vacina, que causa essa reação”. Acrescentando, no entanto, que a agência ainda não conseguiu encontrar uma explicação. “Em resumo, nas próximas horas vamos dizer que existe uma ligação, mas ainda não entendemos por que isso acontece”, resumiu. Uma porta-voz da agência aprontou-se a afirmar que "a EMA ainda não chegou a uma conclusão e a revisão está em andamento".  

Os resultados desta análise serão apresentados antes do final da semana.

 

 

Fonte: 
El País
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Pixabay