Acalabrutinib demonstra resultados positivos no tratamento da Leucemia Linfocítica Crónica

Quando comparado com a combinação à base de quimioterapia de clorambucilo com obinutuzumab, o acalabrutinib demonstrou uma melhoria estatística e clinicamente significativa na sobrevivência livre de progressão (SLP).
O estudo atingiu ainda um endpoint secundário chave, revelando que acalabrutinib em monoterapia alcançou uma melhoria estatisticamente e clinicamente significativa na SLP quando comparada com o regime de quimioterapia e obinutuzumab.
A segurança e a tolerabilidade de acalabrutinib foram consistentes com o seu perfil já estabelecido.
José Baselga, Executive Vice President, Oncology R&D, disse: “Estes resultados confirmam a superioridade de acalabrutinib em monoterapia e também em combinação, em relação aos tratamentos padronizados para a leucemia linfocítica crónica. Os resultados positivos de ambos os estudos ELEVATE-TN e ASCEND irão servir como base para submissões regulamentares ainda este ano.”
Acalabrutinib está atualmente aprovado para o tratamento de adultos com linfoma de células do manto recidivado ou refratário (LCM) nos EUA, Brasil, Emirados Árabes Unidos e Qatar e está a ser desenvolvido para o tratamento de LLC e de outros cancros hematológicos. Em Portugal não existe ainda aprovação regulamentar nem disponibilidade do produto.
A leucemia linfocítica crónica (LLC) é o tipo mais comum de leucemia em adultos, com 191.000 novos casos estimados em todo o mundo e uma prevalência que se espera aumentar com melhores tratamentos. Na LLC, muitas células estaminais sanguíneas da medula óssea tornam-se linfócitos anormais e essas células anormais têm dificuldade em combater infeções. À medida que o número de células anormais cresce, há menos espaço para glóbulos brancos saudáveis, glóbulos vermelhos e plaquetas.1 Isto pode resultar em anemia, infeção e sangramento. A sinalização do recetor de células B pela BTK é uma das vias essenciais de crescimento da LLC.