Primeiras queixas costumam ser desvalorizadas

35% dos adultos portugueses sofrem de Doença Venosa Crónica, mas maioria não procura ajuda médica

No âmbito do Dia Mundial da Saúde que se assinala a 7 de abril, de relembrar que também devemos olhar pela saúde das nossas pernas. É, por isso, fundamental saber reconhecer e avaliar os sintomas e sinais da Doença Venosa Crónica (DVC), uma patologia, por vezes, incapacitante e muito desvalorizada na sua fase inicial. Em Portugal, a DVC afeta 35% da população adulta, com maior incidência nas mulheres a partir dos 30 anos, sendo preocupante que uma grande maioria das pessoas afetadas não procure ajuda médica.

“As primeiras queixas de DVC podem facilmente ser confundidas e percecionadas como normais, sendo, na maioria das vezes, desvalorizadas. Importa assim salientar que a sensação de pernas pesadas, cansadas e com dor, pernas e tornozelos inchados, comichão, dormência nas pernas e cãibras noturnas são os principais sinais e sintomas desta doença e que não devem ser desconsiderados. À mínima suspeita, devem procurar um profissional de saúde”, refere Joana Ferreira – médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular. 

É igualmente recomendável estar alerta aos sinais visíveis nas pernas. Esta patologia afeta as paredes e válvulas das veias das pernas e dificulta a circulação do sangue para o coração e, por isso, pode manifestar-se através do aparecimento de derrames, varizes, edema e pigmentação cutânea. 

O diagnóstico tardio pode afetar a qualidade de vida dos doentes, com um impacto social e económico significativo. Calcula–se que a DVC é responsável por um milhão de dias de trabalho perdidos, por 21% de mudanças nos postos de trabalho e 8% das reformas antecipadas, em Portugal. 

O tratamento adequado e atempado é essencial. Neste sentido, os doentes devem recorrer à ajuda médica sempre que suspeitem que estão perante uma situação de DVC. O diagnóstico é simples, podendo numa consulta médica serem investigados aspetos relacionados com a doença. Segue-se um exame físico, onde se procuram sintomas e sinais da doença, podendo nesta fase ser utilizado um Doppler portátil ou um eco-Doppler, para identificar a presença de refluxo ou potencial oclusão venosa. 

O tratamento depende da presença e gravidade dos sintomas e deve ser adaptado caso a caso, podendo incluir medicamentos venoativos, compressão elástica, bem como intervenções cirúrgicas. Saiba mais em www.dornaspernas.pt

 

 

Fonte: 
PR Influencer
Nota: 
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