30% dos jovens europeus não querem ter filhos

O Barómetro FutURe 2025 revela que o desejo de parentalidade permanece vivo entre os jovens europeus — mas já não é unânime. Segundo o inquérito, promovido pela Merck, 70% dos jovens inquiridos dizem querer ter filhos no futuro, mas uma fatia significativa (30%) afirma não querer constituir família. Estes números são resultado das preocupações destes jovens como por exemplo as inseguranças económicas e a falta de informação sobre fertilidade e planeamento familiar.
Apenas 67% dos jovens inquiridos consideram-se bem informados sobre fertilidade, um valor inferior face ao nível de literacia que dizem ter sobre métodos contracetivos (80%). Esta diferença revela uma lacuna na educação reprodutiva, especialmente quando menos de metade dos inquiridos (49%) indicam ter discutido temas de fertilidade ou preservação com um profissional de saúde.
Para os jovens, falar sobre fertilidade é também um ato de liberdade. Sete em cada dez consideram que o acesso a técnicas de preservação da fertilidade — como a criopreservação de óvulos ou espermatozoides — numa idade mais jovem lhes permitiria decidir com mais autonomia se e quando querem ter filhos. Além disso, 77% defendem que estas opções devem ser mais debatidas publicamente, para combater o estigma e promover maior sensibilização social.
Ao longo dos últimos quatro anos, o Barómetro FutURe inquiriu mais de 30.000 jovens europeus, entre os 21 e os 38 anos, em 12 países, através de uma amostra representativa de Millennials e Geração Z. Este inquérito procura compreender as expectativas e preocupações das novas gerações sobre o futuro da Europa — incluindo saúde, inovação, sustentabilidade e parentalidade. Esta edição do barómetro evidencia a importância que os jovens atribuem ao acesso a soluções concretas — como a preservação da fertilidade e o apoio das empresas — para poderem tomar decisões livres e informadas sobre o seu futuro familiar.