Psicólogos não colocados dizem que está instalado o caos
“Na sequência da admissão de culpa do senhor ministro nas questões associadas à Bolsa de Contratação de Escola, todos os concursos de oferta de escola (…) foram retirados da plataforma”, afirma o sindicato, em comunicado, afirmando que centenas de psicólogos que concorriam às escolas nesta fase estão impossibilitados de o fazer.
Contactado pela Lusa, o Ministério da educação afirmou que "entre hoje e amanhã de manhã as escolas vão poder iniciar os procedimentos estabelecidos na lei para a selecção e recrutamento dos candidatos, tanto psicólogos como outros técnicos especializados", garantindo que "os psicólogos não têm de se candidatar novamente".
Em comunicado, o sindicato defende um concurso nacional e o fim da precariedade.
“Os concursos que já estavam a decorrer desapareceram da plataforma” informática, afirma a estrutura sindical, que critica o processo de concurso.
O concurso de oferta de escola é feito “um a um” e os critérios “são sempre diferentes”, explica.
O Sindicato Nacional dos Psicólogos (SNP) considera tratar-se de um “processo desumano” porque exige uma candidatura nominal, “perdida na arbitrariedade de critérios muito opacos” e em que cada escola “define o que lhe apete e exclui candidatos”.
“Uma vergonha” e “uma afronta aos profissionais” que colmatam “permanentemente necessidades temporárias” há décadas, é como o sindicato vê a situação.
O ministro da Educação, Nuno Crato, disse hoje que os serviços da administração escolar estão a “trabalhar intensamente” para resolver esta semana o problema da colocação de professores resultante de um erro que levou o governante a pedir desculpa, no parlamento.