ONU pede ajuda da comunidade internacional para combater pior epidemia em quatro décadas
Em conferência de imprensa, Chan afirmou que os países da África Ocidental mais atingidos pela epidemia - Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria - "não têm meios para responderem sozinhos" à doença e pediu "à comunidade internacional que forneça o apoio necessário".
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou hoje a epidemia, que já matou, desde Março, 932 pessoas e infectou mais de 1.700, como "emergência de saúde pública de carácter mundial".
"Uma resposta internacional coordenada é essencial para travar e fazer recuar a propagação mundial" do vírus do Ébola, sublinhou a comissão de emergência sanitária da organização.
A comissão alertou que "os Estados devem estar preparados para detectar e tratar casos de Ébola" e "facilitar a retirada de cidadãos, em particular pessoal médico, que estiveram expostos ao vírus" da febre hemorrágica.
O vírus do Ébola transmite-se por contacto directo com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados.
A febre manifesta-se através de hemorragias, vómitos e diarreias. A taxa de mortalidade varia entre os 25 e 90% e não é conhecida uma vacina contra a doença.