30 de outubro | Dia Mundial da Saúde Mental

“CAPITI Art Mind” junta crianças e artistas na criação de obras de arte solidárias

A CAPITI - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Infantil organiza, no próximo dia 30 de outubro, por ocasião do Dia Mundial da Saúde Mental, a 9.ª edição da exposição e leilão solidário de arte contemporânea “CAPITI Art Mind”. O evento, que terá lugar no MAAT Central, contará com obras de artistas emergentes e consagrados, cuja receita reverterá, na totalidade, para o apoio médico e terapêutico na área da saúde mental de crianças e jovens de famílias carenciadas.

A exposição solidária, que já faz parte da agenda cultural da cidade de Lisboa, terá lugar na Sala dos Condensadores do MAAT Central, em Lisboa, entre as 12h e as 19h do dia 30 de outubro, na qual estarão expostas todas as obras doadas, disponíveis para licitação no "Leilão live online", a decorrer até ao dia da exposição, pelas 21h30, no site do Palácio do Correio Velho.

A edição deste ano conta com a colaboração de 40 artistas contemporâneos e, uma vez mais, com o imprescindível apoio da Fundação EDP e da Leiloeira Palácio do Correio Velho, apresentando diversas novidades. Pela primeira vez, a CAPITI desafiou alguns artistas que já conhecem o projeto a criarem obras inspiradas no mundo e missão da CAPITI, aproximando a criação artística da realidade das crianças acompanhadas. Esta aproximação resultou, ainda, na cocriação de duas obras, pelos artistas Mariana Horgan e o Diogo Muñoz, em conjunto com duas crianças apoiadas pela CAPITI, transformando cada obra num encontro de expressão artística em prol da saúde mental.

São vários os artistas que aderiram à causa solidária e, entre eles, contam-se nomes de destaque, nomeadamente, Alexandre Farto (Vhils), Ana Pérez-Quiroga, Diogo Muñoz, Diogo Pimentão, Fernanda Fragateiro, Gonçalo Ghira, Graça Paz, João Queiroz, Maísa Champalimaud, Manuel Caeiro, Mariana Horgan, Miguel Palma, Miguel Telles da Gama, Paulo Brighenti, Rui Sanches e Sofia Aguiar.

No âmbito da iniciativa, e à semelhança das últimas duas edições, a CAPITI desafiou artistas emergentes a doarem uma obra, através de uma campanha lançada no Instagram, avaliada posteriormente por um júri composto por João Pinharanda, Diretor Artístico do MAAT, Sebastião Pinto Ribeiro, CFO do Palácio do Correio Velho e Mariana Saraiva, Presidente da CAPITI. Como resultado deste desafio, foram selecionadas as onze obras que irão integrar a 9.ª edição da exposição e leilão solidário “CAPITI Art Mind”.

Em oito anos de atividade, a CAPITI apoiou mais de 560 crianças e jovens, garantindo um total de mais de 17.700 atos clínicos, incluindo avaliações de diagnóstico, consultas médicas e sessões de acompanhamento. A CAPITI apoia, anualmente e de forma regular, cerca de 200 crianças em 13 clínicas parceiras, distribuídas por 17 localidades do país. Em 2024, a iniciativa permitiu a angariação de 78.560 euros com a venda de 40 peças de arte, contribuindo para o acompanhamento médico e terapêutico anual de 78 crianças e jovens de famílias carenciadas, com perturbações do desenvolvimento e do comportamento.

Estudos recentes reforçam a urgência e a importância desta resposta. De acordo com os dados revelados no Livro Branco sobre o Bem-Estar Mental dos Jovens na Europa, divulgado pela Fundação Z Zurich, quase metade dos jovens na União Europeia (49%) afirma ter necessidades de cuidados de saúde mental não satisfeitas. No contexto português, este cenário agrava-se à luz de dados da OCDE, que revelam que Portugal é o quinto país europeu com maior prevalência de questões de saúde mental, com uma estimativa de 18,4% da população. Perante o sistema público atual, que se revela incapaz de responder atempadamente ao tratamento e diagnóstico dos problemas e dificuldades em que grande parte das crianças e jovens se encontra, muitas famílias com necessidades económicas não têm acesso a consultas sem o apoio da CAPITI.

Neste contexto, Mariana Saraiva, presidente da CAPITI, afirma que “cada obra leiloada representa mais do que uma expressão artística. É uma forma concreta de garantir que uma criança tenha acesso ao acompanhamento médico e terapêutico de que necessita. Num contexto difícil para muitas famílias, o apoio de artistas e entidades parceiras é imprescindível à nossa missão de promover o crescimento saudável e a autonomia de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade”.

 

Fonte: 
Lift
Nota: 
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