As cores são objeto de estudo da ciência há várias centenas de anos

As cores são capazes de exercer influência sobre o cérebro? Neurocientista diz que sim

Segundo o cientista Fabiano de Abreu, as cores influenciam até os comportamentos dos indivíduos.

O facto de a cor vermelha estar em placas de trânsito como “pare” não é à toa: de acordo com o cientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu, as cores exercem influência comportamental nos indivíduos. No artigo “Neuroanatomia das Cores”, o investigador explica que a perceção das tonalidades decorre de uma interação entre ondas, olhos e o cérebro humano. 

Há várias centenas de anos, as cores são objeto de estudo da ciência: “muitos cientistas como Isaac Newton, Goethe e da Vinci buscaram entender o processo de formação das cores, fazendo vários testes com elas”, explica o PhD, neurocientista e biólogo Fabiano de Abreu. Todos esses estudos foram responsáveis pela ampliação de um campo denominado “teoria das cores”, essencial até os dias de hoje para publicitários, arquitetos, designers e todos os profissionais que trabalham com cores no seu dia a dia. 

Goethe também pesquisou sobre os fatores psicológicos que as cores causam. Eis o motivo da placa “pare” ser vermelha, porque de acordo com os estudos feitos por ele, essa cor transmite urgência e velocidade. 

O cientista contextualiza que atualmente toda a indústria sabe a enorme importância da teoria das cores: “hoje em dia, as cores são amplamente estudadas nas áreas de marketing para a construção da personalidade de uma marca e a forma com que ela irá comunicar com o seu público alvo. Elas são consideradas aliadas no processo de persuasão para o consumo de um determinado serviço ou compra de um produto”, constata Fabiano de Abreu.

Na sua pesquisa, Fabiano de Abreu destaca que muitos estudos mostram ativações subtis em áreas do cérebro durante a perceção de certas tonalidades: “dois exemplos são as alterações neurais relacionadas à captação de ondas dos cones da retina que diferem entre vermelho e verde e as alterações neurais que ocorrem quando o cérebro identifica cores quentes (amarelo, laranja e vermelho) e frias (violeta, azul)”, afirma o pesquisador. 

De acordo com o estudo, ao receber a informação das cores pela luz, os recetores da retina interpretam a cor. Cada tonalidade tem uma frequência: conforme ocorre a mudança de frequência nas ondas de luz, mais de um recetor será acionado e dependendo da velocidade da frequência, ela pode acionar recetores diferentes, das quais cada uma será absorvida de uma forma distinta.  

Fonte: 
MF Press Global
Nota: 
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Pixabay