Rede de referenciação em Medicina Intensiva vai ser reforçada

De acordo com o documento, que esteve em consulta pública até dia 28 de julho, a atual pandemia de Covid-19 originou uma maior procura dos recursos de Medicina Intensiva, que só puderam ser acomodadas através de medidas extraordinárias de aumento de recursos, não sustentáveis no tempo.
Por este motivo, foi necessária uma reflexão estratégica da Medicina Intensiva, qualificando-a para responder a um desafio prolongado no tempo e consolidando para o futuro uma carteira de serviços alinhada com as melhores práticas.
O documento agora aprovado aponta um caminho para esta concretização, envolvendo os Conselhos de Administração das instituições hospitalares e os Serviços de Medicina Intensiva, no incremento imediato da capacidade de internamento, tendo como referência, a dois anos, um objetivo global de cerca de 11,5 camas por 100.000 habitantes e preservando uma organização em rede com base em eixos de referenciação.
São apresentadas, no documento, propostas de capacitação para as cinco Administrações Regionais de Saúde, sendo que, no global, se espera um incremento de 45% da capacidade instalada de Medicina Intensiva até 2021, que se traduz em mais 914 camas (de nível 2 e nível 3), 95 médicos, 626 enfermeiros e 198 assistentes operacionais.
Assim, esta capacitação exige, entre outros, aquisições de equipamentos, aumento dos recursos médicos, aumento significativo do número de enfermeiros nos quadros dos Serviços de Medicina Intensiva e inclusão de fisioterapeutas nas equipas.
É também fundamental o compromisso dos hospitais e Serviços de Medicina Intensiva na definição de modelos de missão institucional de âmbito alargado e coerente com o investimento efetuado, bem como a melhoria das condições de trabalho e segurança nesses serviços e a implementação de um sistema de informação que permita a gestão da rede de referenciação de forma eficaz e atempada.