Procedimento

Hospital de Évora realiza a primeira coronariografia não invasiva

O Centro de Responsabilidade Integrado Cardiovascular do Alentejo (CRIA) do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) realizou ontem a sua primeira coronariografia não invasiva. Este primeiro tratamento do género que decorre num hospital do Serviço Nacional de Saúde na região sul do país.

O procedimento em questão tem como objetivo identificar obstruções (estenoses) nas artérias coronárias que podem comprometer a irrigação do miocárdio, levando a uma isquemia, habitualmente associada a sintomas de angina de peito (dor, peso, pressão no peito). A oclusão das artérias coronárias pode estar na origem do enfarte agudo do miocárdio.

De acordo com a informação avançada por esta unidade hospitalar, a coronariografia não invasiva permite a realização deste exame sem necessidade de colocação de catéter dentro do coração, através da TAC (Tomografia Axial Computorizada), com injeção de contraste. Para isto, é necessário um aparelho com uma capacidade especial para conseguir detetar essas obstruções nas artérias, como é o caso do Angio TC de 124 cortes, existente no HESE.

Lino Patrício, Diretor do CRIA, realça que “a coronariografia não invasiva é atualmente o método de primeira linha no diagnóstico de doença coronária em doentes de baixo risco e risco intermédio. É fundamental para programar intervenção cardíaca estrutural, vascular e cerebrovascular. Desde hoje podemos oferecer esse serviço no SNS a todo o sul do país. Podemos prever que em tempos de pandemia, esta alternativa no SNS é ainda uma maior valia”.

Maria Filomena Mendes, Presidente do Conselho de Administração do HESE, realça que “apesar da conjuntura, é muito importante continuarmos a evoluir, a investir em inovação, e a dar resposta aos doentes com outras patologias. Esta nova tecnologia permite melhorar a qualidade dos cuidados prestados à população da região do Alentejo na área da cardiologia, cirurgia vascular e neuroradiologia e contribui para a descentralização a a proximidade dos cuidados, evitando a deslocação dos doentes para fora da região, garantindo assim uma maior equidade e uma melhor resposta a mais doentes”.

 

Fonte: 
SNS
Nota: 
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