Doentes epilépticos apresentam risco aumentado para doença oral

A propósito do Dia Internacional da Epilepsia, que se assinala a 11 de fevereiro, o especialista salienta o “risco aumentado de cáries, aumento do volume do tecido gengival (hiperplasia gengival), sangramento gengival, sensação de boca seca, aumento da incidência de úlceras e aftas e cicatrização mais demorada”, que são as implicações orais mais comuns que decorrem do tratamento feito por quem vive com epilepsia.
Ainda que cerca de dois terços destes doentes tenham as suas crises bem controladas, resultado do cumprimento diário da sua medicação, estas acontecem e com elas “traumatismos faciais, lacerações da língua e lábios devido a mordeduras, deslocação do disco da articulação temporomandibular, o que pode implicar incapacidade de fechar a boca e até perda dos dentes anteriores”, reforça o médico, resultantes de “possíveis quedas durante um ataque epilético”.
É, por isso, importante “uma vigilância regular no médico dentista”, uma vez que, reforça João Braga, “todos estes problemas são detetados com um bom exame intraoral e possuem tratamento”.