Ministério prevê que se reformem até 1.000 médicos este ano

O Ministério da Saúde prevê que este ano se aposentem entre 800 a 1.000 médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ainda assim, o número de médicos vai ser maior no final do ano passado do que em 2017. Os números fazem parte da apresentação que a ministra da Saúde, Marta Temido, preparou para os deputados, e que não adianta informações sobre as alterações no modelo de financiamento dos hospitais que o Governo está a preparar.
“Até ao final do mês de setembro de 2018 aposentaram-se 662 profissionais, o que constitui um valor superior ao ocorrido no mesmo período do ano anterior (621 profissionais aposentados), pelo que se prevê que, no final do ano, este valor possa situar-se na ordem dos 800 a 1.000 profissionais”, lê-se na apresentação que a nova ministra enviou para a Assembleia da República, referindo-se aos médicos.
“No que respeita aos Médicos de Medicina Geral e Familiar, prevê-se que, no final de 2018, existam cerca de 370 em condições de se aposentarem”, acrescenta o ministério referindo-se ao caso particular dos médicos de família.
Apesar disso, o SNS deverá terminar o ano com mais médicos do que em 2017. Segundo o mesmo documento, em 2018 o SNS contará com 29.035 médicos, mais 426 do que em 2017. Ou seja, são mais 1,5%.
Também nos enfermeiros é esperado um acréscimo do número de profissionais este ano. No final de 2018 deverão existir mais 1.872 enfermeiros, atingindo os 45.431. Os enfermeiros mantêm-se assim como “o mais representativo, com 33,4% do total de pessoal”.
A 22 de novembro, os enfermeiros começam uma greve que decorre até 31 de dezembro e que tem como reivindicações a revisão da carreira e a exigência de mais pessoal.
No total, envolvendo as Entidades do Setor Público Administrativo, os hospitais em regime de Entidade Pública Empresarial e os que estão em Parceria Público Privada, o Ministério da Saúde espera chegar ao final deste ano com 136.000 profissionais, um aumento de 3% face a 2017.