Johnson & Johnson assume controlo da dermatológica japonesa Ci:z

O líder mundial em cuidados de saúde vai pagar 5.900 ienes (45,75 euros) por cada ação remanescente, o que corresponde a um prémio de 55% sobre o valor a que cotaram as ações da empresa nipónica no fecho de hoje da bolsa de Tóquio (3.800 ienes, ou seja, 29,47 euros), refere o grupo empresarial norte-americano em comunicado citado pela agência financeira Bloomberg.
A filial J&J Cilag GmbH International tinha comprado 20% do capital da empresa japonesa em 2016, com o objetivo de participar na distribuição dos produtos da Ci:z fora do Japão.
Os produtos dermatológicos são mais populares na Ásia, nomeadamente na China e no Japão, do que os produtos de maquilhagem, sendo que no Japão o segmento dermatológico de negócios vale aproximadamente mais do dobro do segmento da maquilhagem, segundo dados do Euromoniter.
“Os consumidores da área dos cuidados de saúde e beleza procuram ativamente inovações que permitam melhorar a sua pele”, disse à Bloomberg o presidente da Johnson & Johnson Consumer, Jorge Mesquita.
As vendas anuais da Ci:z atingem os 50,9 mil milhões de ienes, sendo que a empresa oferece aos consumidores, tanto produtos de baixo custo como 'premium', incluindo as marcas Dr.Ci:Labo, Labo Labo e Genomer.
A maior parte dos produtos da empresa japonesa foram desenvolvidos pelo seu fundador e dermatologista, Yoshinori Shirono, sendo que o grupo empresarial nipónico também tem, entre outros, negócios em Taiwan, Hong Kong e nos Estados Unidos.
Em Portugal, a Johnson & Johnson inaugurou em 10 de setembro, uma nova sede em Portugal, no Lagoas Park, parque tecnológico e empresarial no concelho de Oeiras, próximo de Lisboa, num investimento de 5,5 milhões de euros, arrancando também com uma nova unidade de ensaios clínicos.
Em declarações, Filipa Mota, diretora-geral da Janssen Portugal, a companhia farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, disse então que "(..)como grupo, são a maior empresa de cuidados de saúde do mundo”.
“Estamos claramente a apostar no reforço da nossa presença em Portugal [...]. Queremos continuar a crescer e daí precisarmos também de ter esse espaço", salientou a gestora.