Desafio da indústria alimentar

Soluções para manter segurança e qualidade de frutas e vegetais em debate no Porto

Embalagens que evitam o desenvolvimento de micróbios e formas de conservar alimentos com baixo impacto ambiental são algumas das soluções para manter a segurança de vegetais, em debate, a partir de hoje, na escola de biotecnologia do Porto.

“Vão ser apresentadas soluções com menor impacto ambiental, mas que ao mesmo tempo mantêm o equilíbrio entre a qualidade, a segurança e o sabor do produto, conciliado com alternativas bioplásticas. O mundo tem de caminhar junto para encontrar alternativas, contudo, sem que a segurança do consumidor seja posta em causa”, contou a investigadora da Escola Superior de Biotecnologia (ESB), Manuela Pintado.

Em declarações à Lusa, a coordenadora do curso europeu “Qualidade e Segurança de Frutos e Vegetais Minimamente Processados” e investigadora na Escola Superior de Biotecnologia (ESB) do Porto, explicou que durante as sessões vão ser apresentadas “soluções que reduzem o impacto ambiental” e que “conservam os alimentos durante mais tempo”, como as embalagens ativas, desenvolvidas pela investigadora Fátima Poças da EBS.

A 9.ª edição do curso europeu, que decorre de quarta a sexta-feira, visa “fazer o ponto da situação” e “analisar toda a cadeia de valor dos frutos e vegetais”.

As condições do solo, os fatores da colheita, a logística do transporte, o armazenamento e as práticas comuns de fertilização são alguns dos temas que vão ser debatidos por 35 oradores nacionais e internacionais convidados.

Para Manuela Pintado, também importantes são “os desafios” que a indústria ainda enfrenta relativamente à segurança e à qualidade dos frutos e vegetais minimamente processados.

“Manter estes frutos com a qualidade mínima necessária, e com segurança, continua a ser um desafio para a indústria, portanto, todo o processo e conhecimento deve estar atualizado para podermos ter no mercado produtos com cada vez mais sabor e segurança”, salientou a investigadora.

Durante os três dias, vai também ser abordado “o armazenamento prolongado dos produtos”, que pode vir a permitir que os consumidores “tenham em sua casa um fruto ou vegetal que dure mais tempo, sem se alterar”.

O curso “Qualidade e segurança de frutos e vegetais minimamente processados” é organizado em cooperação com a Universidade de Foggia, na Itália, e com o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN).

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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