OncoDNA apresenta um novo protocolo de análise molecular para cancro de origem desconhecida

A empresa especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro OncoDNA mostrou-se novamente um importante ativo no congresso anual da Sociedade Espanhola de Oncologia Médica, SEOM18, que acaba de terminar em Madrid.
Foi publicado um cartaz, mostrando os resultados preliminares do projeto de pesquisa realizado com o produto molecular OncoDEEP CUP, desenvolvido pela divisão que a OncoDNA tem na Península Ibérica, cujo objetivo era criar um novo protocolo e diretrizes de desempenho para a teranóstica (diagnóstico e tratamento) de doentes com cancro avançado de origem desconhecida, através da caracterização genómica dos tumores.
“Os resultados obtidos foram muito positivos, já que graças ao estudo genómico foi possível predizer a origem do tumor em 80% dos doentes analisados, e foram detetadas mutações potencialmente acionáveis em 61% daqueles que eram candidatos potenciais a receber um tratamento específico. Além disso, testes adicionais de sensibilidade a quimioterapias e imunoterapias permitiram que o tratamento fosse personalizado na maioria dos doentes que iniciaram uma nova terapia após o estudo”, assegura Vega Iranzo, coautora do poster e porta-voz da equipa de trabalho do departamento de Oncologia do Hospital Geral Universitário de Valência que liderou o projeto.
Trabalho conjunto
Financiado pelo ICEX (Espanha Exportação e Investimento) e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), a iniciativa contou também com a colaboração de vários centros de referência. "Com este projeto, queremos demonstrar que há uma nova maneira de melhorar o diagnóstico da origem primária do tumor e detetar as alterações genéticas que podem abrir opções de tratamento direcionadas. Dessa forma, a maioria dos doentes que participaram conseguiu beneficiar de uma terapia sistémica específica e melhorar o seu prognóstico", afirma Iranzo.
Muitos desses doentes ainda estão em acompanhamento "para avaliar o benefício clínico dos tratamentos que receberam com base nos resultados do estudo genómico e sua sobrevivência", confirma a diretora OncoDNA para a Espanha e Portugal, Adriana Terrádez. Acrescenta ainda que "Com este trabalho, vimos que o estudo OncoDEEP CUP é capaz de identificar novas opções terapêuticas mais personalizadas. Além disso, destaca a necessidade de eliminar barreiras ao acesso a terapias direcionadas para esse tipo de doentes, com opções limitadas e pior prognóstico".