APDP torna-se membro consultivo da ONU

Consideradas como uma epidemia, as doenças crónicas não transmissíveis – doenças cardiovasculares, cancro, diabetes e doenças pulmonares - constituem um problema de saúde pública, comprometendo o desenvolvimento económico e social em todo o mundo. Neste sentido, e para responder aos principais desafios do milénio no domínio da saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu um plano de ação global para a prevenção e controlo das doenças não transmissíveis para o período de 2013-2020, que compromete os Chefes de Estado e de Governo no desenvolvimento de programas nacionais ambiciosos.
No seguimento da definição das metas, a Assembleia Geral da ONU, voltará a reunir-se, pela terceira vez para falar sobre este tema, a 27 de setembro, de modo a acompanhar os progressos globais e nacionais, bem como definir os caminhos ainda a percorrer.
No próximo dia 5 de julho decorrerá, em Nova Iorque, uma reunião preparatória ao encontro de setembro, na qual estará presente o diretor clínico da APDP, João Filipe Raposo que defende “a importância dos países partilharem conhecimento e experiências nacionais sobre o que resulta e o que não resulta na luta contra as doenças não transmissíveis, das quais a diabetes é uma das mais complexas”. João Filipe Raposo alerta ainda para o aumento do número de pessoas no mundo a sofrer e morrer de doenças não transmissíveis. “O preço da inação é inaceitável pois o impacto negativo deste tipo de doenças é imenso, prejudicando anos de vida saudável, famílias, comunidades e a própria economia global”, sublinha.
O plano de ação global prevê o cumprimento de nove metas até o ano de 2020 tais como – reduzir em 25% a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis através da prevenção e do tratamento, reforçar a prevenção e o tratamento do consumo nocivo de álcool, reduzir em 10% o sedentarismo, promovendo a prática de atividade física e a diminuição em 30% o consumo de sal. Promover a redução em 30% do consumo de tabaco na população com mais de 15 anos, baixar em 25% a prevalência de pressão arterial elevada, travar o aumento dos casos de diabetes e obesidade, assegurar em 50% o acesso universal a medicamentos e o acompanhamento médico para prevenir acidentes cardiovasculares e garantir em 80% as tecnologias básicas e os medicamentos essenciais a preços acessíveis, necessários para tratar as principais doenças não transmissíveis nos sistemas de saúde públicos e privados.
A APDP é uma instituição de prestação de cuidados de saúde globais e de proteção às pessoas com diabetes, numa zona de influência correspondente ao território nacional e com ligações no campo assistencial, de investigação e formativo a várias instituições e organizações internacionais. Acompanha por ano mais de 18 mil pessoas com diabetes.
A Associação é desde 2009, o único Centro de Educação a nível nacional reconhecido pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e, desde 2011 é também reconhecida como clínica de referência no tratamento de crianças e jovens (Centre of Reference for Pediatric Diabetes) a nível europeu.