Posição da Sociedade Portuguesa de Senologia

Seguimento dos sobreviventes de cancro na mama pelos IPOs

Sociedade Portuguesa de Senologia esclarece as notícias que dão conta da falta de capacidade do IPO na realização de exames de seguimento a mulheres que tiveram cancro de mama.

Sobre as notícias veiculadas esta manhã, a propósito do seguimento de sobreviventes de cancro da mama no Instituto Português de Oncologia de Lisboa, a Sociedade Portuguesa de Senologia vem esclarecer:

Conscientes do aumento das taxas de sobrevida dos doentes com cancro da mama e, como tal, do número de sobreviventes, a Sociedade Portuguesa de Senologia apresentou no final do ano passado o consenso “Sobreviventes de Cancro: Guidelines de Seguimento”, no qual procura responder à questão “por quanto tempo necessitam os sobreviventes de cancro de um controlo na instituição de tratamento inicial”.

Neste consenso procura-se dar guidelines para o momento em que o sobrevivente deve passar a ser acompanhado por um médico de família. Os objetivos são diminuir o número de sobreviventes seguidos por oncologistas e senologistas para que novos e atuais doentes possam ter um maior acompanhamento e dar aos médicos de família um papel crescente no acompanhamento dos sobreviventes através de informação e ferramentas que lhes permitam seguir os sobreviventes com conhecimentos alicerçados.

Paralelamente a este consenso com os médicos de família, há ainda um trabalho a desenvolver com a sociedade em geral e os doentes em particular, no sentido de criar uma consciência de que não existe riscos acrescidos para os sobreviventes que forem acompanhados nos cuidados de saúde primários. As taxas de sobrevida são idênticas se o seguimento depois dos cinco anos de sobreviventes de cancro da mama for feito nos IPOS e instituições da especialidade ou for feito nos cuidados de saúde primários.

Neste processo de transferência de seguimento dos doentes, existe a questão da ligação efetiva que o doente / sobrevivente tem com o médico oncologista que o acompanhou durante todo o tratamento, mas é uma questão que deverá ser gerida caso a caso. É urgente aliviar a carga existente nos serviços de oncologia, para receberem os novos casos de cancro que aumentam a cada ano.

 

 

 

Fonte: 
LPM Comunicação
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Sociedade Portuguesa de Senologia