Hospital do Funchal

Ortopedistas realizaram cirurgia inovadora na Madeira

Três ortopedistas do hospital do Funchal executaram pela primeira vez uma cirurgia inovadora na Madeira, uma implantação intracorpórea de uma mega prótese total de fémur, anunciou o Serviço de Saúde da região.

De acordo com a nota divulgada pelo SESARAM, a intervenção foi realizada no passado dia 10, numa doente com 62 anos, que sofria de doença reumatológica crónica (síndrome ‘stikler’) com perda acentuada de substância óssea, tendo a cirurgia durado cerca de 10 horas.

A cirurgia foi realizada no Bloco Operatório do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, e envolveu uma vasta equipa de médicos e enfermeiros.

Os três ortopedistas madeirenses contaram com a direção cirúrgica de um médico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, especialista na área dos tumores ósseos e reconstrução artroplástica com próteses, com muita experiência neste tipo de intervenção.

A paciente já fora submetida a três cirurgias da anca e presentemente estava “praticamente acamada já há cerca de 11 meses”, pelo que a sua situação “exigia uma solução cirúrgica radical” que passava pela “remoção de todo o fémur e reconstrução intra-corpórea, com uma prótese total de fémur revestida a prata (resistente e aplicada em tratamento de infeção com próteses)”, pode ler-se na informação.

O Serviço Regional de Saúde da Madeira sublinha que esta foi uma “intervenção cirúrgica muito delicada” e que “teve um custo aproximado de 60 mil euros”.

A equipa médica ainda ponderou a possibilidade de encaminhar a doente para uma unidade hospitalar no continente, mas analisou todas as limitações físicas da paciente e “encetou todos os esforços no sentido de promover este ato cirúrgico” na região

Ainda salienta que “esta intervenção cirúrgica só foi possível realizar, graças ao protocolo de cooperação” entre os serviços de Ortopedia do hospital do Funchal e do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

“O mais importante, e fundamental, é que com a colocação desta mega prótese revestida a prata, o chamado “3 em 1” (prótese da anca, fémur e joelho), estão reunidas as condições para a doente recuperar a capacidade de andar e ter qualidade de vida”, realça o documento, estando a equipa médica “confiante num processo de recuperação”.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Pixabay