Cinco em cada dez portugueses nunca fizeram uma avaliação da sua saúde auditiva

Desconforto, dor de ouvidos, infeção e otite são dos principais motivos que levam os inquiridos ao médico (41%), seguindo-se a sensação de ouvidos tapados (33%), os problemas de audição (26%) ou as vertigens (18%). A atenção à saúde auditiva desperta sobretudo a partir dos 55 anos, embora nesta idade prevaleçam as revisões específicas, não periódicas. Ao todo, três em cada dez pessoas reconhecem não ouvir bem.
Apesar do desleixo, é elevada a percentagem dos que assumem o pouco cuidado com os ouvidos (87%). E é alta também a dos que reconhecem que a perda de audição provoca problemas depressivos e de autoestima (85%), assim como isolamento social (49%).
A higiene auditiva divide opiniões: de um lado os que defendem que não deve, de todo, existir (12%); do outro os apoiantes da limpeza, que elegem os cotonetes como o método preferido (46%), aos quais se junta os que limpam superficialmente com papel (25%) e os que preferem a água (11%). Limpeza regular dos ouvidos junto de um médico ou enfermeiro é a escolha de uma minoria (6%).
Sons relaxantes vs sons enervantes
É consensual: os sons da natureza são os que mais relaxam a população. Seja o barulho do mar (recolhe 83% das preferências) ou da montanha (51%), não há muitas dúvidas sobre o que os portugueses gostam. No top três das preferências entra ainda o silêncio (com 39% de adeptos). No reverso da medalha, ou seja, na lista de sons que, pelo contrário, enervam os portugueses, encontra-se o barulho das obras, sejam as realizadas na rua (59%) ou as da autoria dos vizinhos (55%), e ainda o trânsito (44%). Sons que têm mesmo impacto no estado de ânimo dos inquiridos. Aproximadamente um em cada três portugueses (35,1%) é afetado pelo som, sendo as mulheres (41%) as mais sensíveis, assim como os jovens.
Se há atividades que se podem fazer com som, outras há em que o silêncio é mesmo de ouro. Tudo depende das preferências. O som é a companhia preferida no momento em que se realizam tarefas domésticas (89%), quando se cozinha (84%), pratica desporto (80%), trabalha (70%) ou come (69%). Mas é o silêncio o eleito quando se trata de dormir (89%), ler (81%), estudar (65%) e relaxar (54%).
Ouvir música é uma das atividades que os portugueses admitem fazer com um volume mais elevado, algo partilhado sobretudo pelos mais jovens: quatro em cada dez inquiridos com idades entre os 18 e os 24 anos reconhecem ouvir música com um volume acima da média.