Maio Mês do Coração

Este mês celebra-se “O Coração no Desporto”

Sociedade Portuguesa de Transplantação deixa a certeza: exercício físico melhora a qualidade de vida dos doentes transplantados.

No mês em que se celebra o coração, a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) junta a sua voz à de quem alerta para o problema das doenças cardiovasculares. E quando o tema em destaque é “O Coração no Desporto”, aproveita para reforçar a ideia da necessidade de uma vida mais saudável, que deve incluir a prática regular de exercício físico. Uma máxima que é também válida para quem já fez um transplante.  

Os vilões que impedem um coração saudável são bem conhecidos. Ou deviam ser: tabagismo, alimentação incorreta, consumo excessivo de álcool ou o sedentarismo  contribuem para os problemas cardiovasculares. E é sobre este último que este ano recai o enfoque, alertando para a necessidade de nos mexermos. No caso dos transplantados, o exercício físico tem também a capacidade de melhorar o estado de saúde de quem tem um novo órgão. E é por isso, reforça a SPT, que deveria fazer parte integrante da reabilitação.

A prática de exercício físico ajuda a afastar o fantasma das doenças, contribui para uma melhoria dos sintomas que podem estar associados ao transplante e faz bem, não só ao corpo, mas também à mente, permitindo que o doente transplantado recupere mais rapidamente e melhore a sua qualidade de vida. O exercício físico tem muitas vantagens, mas não fica por aqui. A estas junta-se outra: ajuda a reduzir o risco das doenças cardiovasculares e da diabetes associado a alguns medicamentos imunossupressores. 

“O início da prática de exercício físico depende da capacidade funcional de cada doente transplantado e deve ser adaptado individualmente. Antes de iniciar a atividade desportiva o doente transplantado deve aconselhar-se com o médico que o segue no pós-transplante e na maioria das situações deve ser praticado de preferência após seis meses. No entanto, se for possível a caminhada poderá iniciar-se mais cedo” aconselha Susana Sampaio, presidente da SPT, que salienta ainda que o tipo de exercício escolhido não deve também ser deixado ao acaso, devendo evitar-se os desportos que impliquem risco de contacto violento mas, claro que também depende do tipo de transplante.

A nível mundial existem os “World Transplant Games”, que se assemelha às olimpíadas dos doentes transplantados, realizados de dois em dois anos, envolvendo 1500 atletas transplantados de 69 países. No nosso país o Grupo Desportivo de Transplantados de Portugal dedica-se a promover ações de divulgação para incentivo ao desporto e exercício físico entre transplantados e candidatos a transplante, organizar torneios e competições nacionais, selecionar e criar equipas que representem o grupo a nível nacional e internacional.

Fonte: 
Guesswhat
Nota: 
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