Dificuldades em responder a todas as situações sociais sinalizadas

Cláudia Joaquim respondia desta forma a uma questão levantada na Comissão de Trabalho e Segurança Social pela deputada social-democrata Joana Barata Lopes sobre os idosos que permanecem nos hospitais depois de terem alta hospitalar por falta de respostas.
Citando uma reportagem recente da TSF, Joana Barata Lopes confrontou o ministro do Trabalho, da Solidariedade e Segurança Social com a afirmação "mais depressa morre um idoso do que a Segurança Social paga um lar".
A resposta foi dada pela secretária de Estado da Segurança Social, que começou por lembrar que é "uma situação que já vem do passado".
"É uma situação que é acompanhada e sinalizada junto do Instituto da Segurança Social, que avalia caso a caso" e dá resposta aos casos em que se verifica que se tratam mesmo de situações sociais, disse Cláudia Joaquim.
A governante explicou que há casos sinalizados como situações sociais, mas que não são, dando como exemplo pessoas que têm famílias e rendimentos.
Há também situações que são sinalizadas como casos sociais, mas que têm associados problemas clínicos, nomeadamente de saúde mental, adiantou.
A este propósito, Cláudia Joaquim lamentou que não tenham sido criadas respostas de saúde mental a nível dos cuidados continuados pelo anterior Governo.
"Se não são criadas respostas não há possibilidade de cobrir todas as necessidades, apesar do esforço que tem sido feito" pelo Governo, como o alargamento da Rede Nacional de Cuidados Continuado e a criação de lugares de saúde mental nos cuidados continuados.
Em 2016 foram criadas cerca de 600 camas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrado e cerca de 300 este ano na área da saúde mental.