Programa Nacional para a Coesão Territorial

Governo olha para o interior como "uma prioridade" e com medidas concretas

O ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, disse que o Governo olha para o interior como “uma prioridade” e que, através do Programa Nacional para a Coesão Territorial, esta parte do país vai beneficiar de medidas concretas de desenvolvimento.

“O que distingue este Programa de Coesão Territorial é colocar a competitividade e a coesão territorial no centro das políticas do Governo”, afirmou o ministro.

Numa cerimónia em Beja, para apresentar o Programa Nacional para a Coesão Territorial (PNCT), Eduardo Cabrita frisou que, para o Governo, “olhar para o interior” não compreende uma visão “fatalista”, nem “assistencialista”.

“É uma prioridade do Governo”, contrapôs, explicando que “o que é diferente” no PNCT, em comparação com planos de anteriores de combate às assimetrias regionais, é que assenta numa “visão global, transversal” e não envolve “intenções”, mas sim “medidas concretas”.

“Este programa integra 164 medidas concretas que foram trabalhadas com todos os ministérios e integra, sobretudo, uma forma diferente de olhar para o interior”, como uma zona “próxima dos mercados ibéricos e do mercado europeu, como uma zona de qualidade de vida e de competitividade”, referiu.

Segundo o Governo, o PNCT visa o desenvolvimento dos territórios do interior e o combate à tendência de desertificação dos últimos anos nestas regiões.

O ministro, que se deslocou a Beja acompanhado pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, referiu que o plano está, agora, a ser posto “em pleno funcionamento”, com medidas que “já estão no terreno” e outras que, no “1.º semestre de 2017, serão concretizadas”.

Como exemplo de iniciativas concretas, o ministro aludiu à área da Saúde, que esteve em foco na sessão de apresentação realizada em Beja, lembrando que o Governo aprovou incentivos à fixação de médicos no interior.

“Estamos a falar de cerca de mil euros de remuneração adicional para os médicos que se desloquem para onde fazem falta, em zonas do interior”, assim como “mais condições de trabalho para os familiares e condições de acesso ao ensino para os descendentes”, acrescentou.

Para quem se quer fixar no interior, lembrou Eduardo Cabrita, “talvez a primeira preocupação” seja “a qualidade dos serviços de saúde”.

“Queremos garantir, aqui e em toda a faixa interior, a igualdade de oportunidades de acesso a este direito fundamental” e que “a qualidade de serviço é a mesma” que se encontra em Lisboa ou no Porto, afirmou Eduardo Cabrita.

O ministro da Saúde, por seu turno, prometeu “olhar com muita atenção para o interior do país”, porque este foi “muito descaracterizado e desqualificado”, mas também porque a Saúde é “um pilar essencial para a confiança” e “para os investidores” se poderem fixar nestas regiões.

No caso da atração de clínicos para o interior, aproveitou para destacar Adalberto Campos Fernandes, os incentivos incluem uma compensação monetária, mas os médicos “não se mobilizam apenas por dinheiro, isso é uma ideia errada”.

Com o PNCT, continuou, “trata-se de criar condições para que jovens médicos optem por fazer uma carreira diferente, que pode ser até mais rápida do ponto de vista da sua diferenciação e dos seus objetivos de vida do que se ficassem num grande centro como Lisboa, no meio de centenas de colegas que lá estão”.

Na sessão, perante perguntas da assistência, o ministro da Saúde assegurou que o novo hospital central previsto para a vizinha cidade de Évora “não é uma ameaça” para Beja e anunciou vários investimentos para o Baixo Alentejo, como equipamento de ressonância magnética para o hospital e novos centros de Saúde e a requalificação de outros no distrito.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
ShutterStock