Como já acontece nas cirurgias

Tempos de espera para exames passam a ser controlados

Doentes poderão vir a ser encaminhados para uma unidade privada caso os exames não sejam realizados dentro de um tempo pré-estabelecido.

O ministro da Saúde admite criar um sistema de controlo das listas de espera para exames médicos idêntico ao que já existe para as cirurgias, em que os doentes podem ser encaminhados para um privado quando as operações não possam ser feitas num hospital público dentro de um prazo clinicamente aceitável.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, o ministro Paulo Macedo reconheceu que é necessário melhorar o controlo das esperas dos utentes por meios complementares de diagnóstico (que incluem desde análises a exames como TAC’s, Raio X, entre outros). “O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem um controlo sobre os tempos de espera em que é emitido um cheque, um vale, ao fim de x tempo, para poder ser feita essa cirurgia na área privada ou no sector social. Essa parte também é preciso que seja feita para os meios complementares de diagnóstico”, disse o responsável pela pasta da Saúde.

 

Ministro da Saúde vai lançar um novo concurso para 200 profissionais

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, diz que apenas o novo concurso de clínicos, referido pelo ministro da Saúde em entrevista à Renascença, não resolve o problema da falta de profissionais.

Paulo Macedo disse que vai lançar um concurso para 200 médicos em medicina geral e familiar, “tentando abranger aqueles que estão fora do Serviço Nacional de Saúde, pessoas que tenham tirado o seu curso fora e nunca tenham entrado no SNS ou que estejam no privado e queiram vir para o sector público”.

O bastonário José Manuel Silva diz que os médicos estão “inteiramente de acordo” com a medida. “Aliás, isso decorre também de uma proposta que a Ordem já tinha feito ao ministro da Saúde, de pedir um concurso aberto externo para especialistas em medicina geral e familiar que estão fora do SNS, para poderem regressar ao SNS, ou concorrer pela primeira vez ao SNS para reduzir as listas de cidadãos sem médicos de família”, aponta. Ainda que possa ajudar, o bastonário lembra que “não serão mais de algumas dezenas, portanto não vão resolver o problema, mas vão ser uma contribuição para minorar o problema”.

Fonte: 
Público Online
RR
Nota: 
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