Portas confirma

Taxa sobre a indústria farmacêutica

O vice-primeiro-ministro reconheceu ontem que o Governo terá que fazer ainda cortes na despesa pública com a Saúde em 2014, na ordem dos 300 milhões de euros, e que esse esforço deve ser obtido “através de uma redução de rendas na indústria fornecedora de medicamentos e também na área da tributação do tabaco e do álcool”.

Paulo Portas vem assim confirmar a intenção do Governo em avançar com uma taxa sobre as vendas das empresas farmacêuticas, tal como o Ministério da Saúde já tinha confirmado. A taxa está dependente do acordo que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, quer fechar com a Apifarma, que representa a indústria. Caso o acordo falhe, avança a taxa sobre as farmacêuticas, mas só em 2015. Paulo Portas, que foi ouvido no Parlamento a propósito da 11ª avaliação da “troika” ao programa de ajustamento, explicou que este esforço é feito para que “fiquem saldadas as contas na Saúde e para que exista maior equilíbrio no futuro”.

Os deputados socialistas pediram mais detalhes sobre o que será a reforma hospitalar que o Governo acordou com a “troika”. O vice-primeiro-ministro adiantou ainda que os cortes que terão que ser feito no Estado em 2014 ficarão aquém dos “4 mil milhões de euros ou 2 mil milhões de euros” de que se tem falado, porque “temos o contributo do crescimento económico para consolidação mais equilirada”.

O PS pede para que Portas anuncie onde vão ser feitos os cortes “nas gorduras” e que não esconda nada dos portugueses a pensar nas eleições de 25 de Maio.

Fonte: 
economico.sapo.pt
Nota: 
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