Apifarma

Pagamentos extraordinários da dívida do SNS são "paliativos" e não "solução"

O presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) considera que os pagamentos extraordinários aos fornecedores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) são "paliativos e não uma solução definitiva" para o controlo das dívidas dos hospitais públicos.

João Almeida Lopes, presidente da Apifarma, reagia desta forma à avaliação da execução orçamental de Fevereiro, realizada pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), segundo a qual as dívidas por pagar acumuladas no sector da saúde (subsector da saúde e hospitais EPE - Entidade Pública Empresarial) aumentaram 88 milhões, dos quais 82 milhões dizem respeito "exclusivamente aos hospitais EPE".

Segundo João Almeida Lopes, "o valor em dívida decresce quando ocorrem estes pagamentos (extraordinários aos fornecedores do SNS), para voltar a subir, em valor e prazos de pagamento, poucos meses depois".

De acordo com os dados disponíveis no "site" da Apifarma, as dívidas dos hospitais do SNS a empresas farmacêuticas atingiam, em Fevereiro, os 993,70 milhões de euros.

Em Setembro do ano passado, esse valor era de 1.266,30 milhões de euros.

Na sua avaliação, a UTAO recorda que um dos objectivos definidos no programa é o de "gerar poupanças adicionais nos custos operacionais dos hospitais e definir uma estratégia para regularizar os pagamentos em atraso".

Para João Almeida Lopes, a manutenção das dívidas "é grave, pois dificulta a possibilidade de planear, por exemplo, investimentos a realizar no país, nomeadamente em ensaios clínicos, além de colocar sérios constrangimentos à actividade regular" das empresas. 

Fonte: 
iOnline
Nota: 
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