Veja quais são

Os melhores hospitais em cada área

Novo ciclo de avaliação da Entidade Reguladora da Saúde obteve dados para classificar cuidados em 98 unidades públicas e privadas do país.

Só quatro hospitais em 31 avaliados nesta área tem nota máxima no tratamento de enfartes do miocárdio e só seis em 32 consegue a classificação mais elevada na actuação em casos de acidente vascular cerebral. Entre as áreas clínicas analisadas na última edição do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS) da Entidade Reguladora da Saúde, estas são aquelas em que o patamar máximo de excelência é menos vezes atingido. A maioria dos hospitais que consegue os melhores resultados são do Serviço Nacional de Saúde, com destaque para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, com nota máxima em ambas as áreas. Do sector privado, só o Hospital da Luz tem a nota que equivale a "qualidade superior" nos AVC.

Os dados de mais um ciclo de avaliação do SINAS na vertente de excelência clínica - a única em que os indicadores são revistos duas vezes por ano - foram divulgados esta semana. Os resultados podem ser consultados no site do regulador mas um panorama geral, além dos números, não é imediato. Após análise, percebem-se algumas tendências e surpresas. São as unidades do Norte e do Centro que têm melhores notas. Por outro lado, os melhores cuidados neonatais do país não surgem em grandes maternidades mas nos hospitais da Póvoa de Varzim e de Beja, os únicos que recebem três estrelas nesta área - a nota mais elevada no sistema de avaliação da ERS. Em matéria de partos e cuidados pré- -natais, não há nenhuma nota máxima abaixo de Vila Franca de Xira. Obtêm três estrelas a Maternidade Júlio Dinis, no Porto, e em Coimbra apenas uma das maternidades hoje integradas no Centro Hospitalar e Universitário - a Maternidade Dr. Daniel de Matos.

Grandes hospitais de fora

O SINAS foi criado em 2009 e é voluntário - só são avaliadas as unidades que querem. Questionada pelo jornal i, a ERS adiantou que esta metodologia é para manter. A avaliação é feita com base na resposta dos prestadores de saúde a questões apresentadas pelo regulador para aferir o desempenho num conjunto de indicadores - dos medicamentos administrados aos cuidados na alta e por vezes à mortalidade dentro do hospital. Havendo informação, as unidades são classificadas em três patamares de excelência clínica e a ERS faz auditorias de verificação.

Se a metodologia é complexa, a análise final não o é menos. Os dados globais apresentados pelo regulador não batem certo com os que se obtêm quando se analisa cada prestador. Segundo uma análise feita pelo jornal i - que diz respeito a episódios com alta entre 1 de Julho de 2012 e 30 de Junho de 2013 -, 98 hospitais apresentaram dados e um número suficiente de casos para serem classificados em pelo menos uma área clínica. Destes, 73 são unidades do sector público e as restantes do sector privado ou social. Estando todo o território nacional coberto, a ausência que mais se nota é a de grandes hospitais como o S. João no Porto ou Santa Maria em Lisboa, que junto com outras 22 unidades "declinam a avaliação". Isto é, não fornecem informação. O jornal i questionou as unidades e só administração do S. João respondeu, adiantando que tem mantido reuniões com o regulador para "ultrapassar constrangimentos técnicos relacionados com a recolha dos dados solicitados."

Consulte aqui as notas dadas.

Fonte: 
iOnline
Nota: 
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