Em dois anos

Hospitais cortaram um quarto dos exames e análises

Os hospitais públicos fizeram menos 44 milhões de actos complementares de diagnóstico (análises e exames) e menos 2,6 milhões de actos complementares de terapêutica (radioterapia, fisioterapia, quimioterapia), entre 2010 e 2012.

Dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) avançam que s hospitais públicos fizeram menos 44 milhões de actos complementares de diagnóstico (análises e exames) e menos 2,6 milhões de actos complementares de terapêutica (radioterapia, fisioterapia, quimioterapia), entre 2010 e 2012. Pelo contrário, no mesmo período as unidades privadas aumentaram a sua actividade nas duas áreas, avança o SAPO Saúde. Nestes dois anos, o número total de exames e análises caiu 26,5%.

Entre 2002 e 2010, o número de actos complementares de diagnóstico cresceu nos hospitais públicos, tendência que se perdeu em 2010, quando o número baixou substancialmente (menos 44 milhões de exames e análises).

Nos hospitais privados, que em 2012 asseguravam 7,9% do total das análises e exames (contra apenas 1,1% em 2002), esta actividade aumentou substancialmente com a realização de mais um milhão de actos em 2010 para 9,6 milhões em 2012.

Em 2012, nos 214 hospitais que existem no país (110 são públicos) realizaram-se 122 milhões de actos complementares de diagnóstico e 22 milhões de actos complementares de terapêutica.

Também os atendimentos em urgência duplicaram numa década, passando de 460 mil, em 2002, para 800 mil, em 2012. Mesmo assim, o sector público foi responsável por 88% das urgências em 2012.

Ao longo desta década, os hospitais públicos perderam cerca de três mil camas, enquanto os privados passaram a dispor de mais 1400 camas. As grandes e médias cirurgias, depois de terem crescido até 2010, diminuíram em 2011 e 2012 no sector público, refere o INE.

Por outro lado, aumentaram as consultas médicas externas (16,5 milhões em 2012), um acréscimo de 69% numa década, e há mais dez mil médicos e 23 mil enfermeiros.

Na mortalidade, morre-se cada vez menos devido a doenças cardiovasculares (menos 21% em dez anos), mas aumentaram os óbitos por tumores malignos (mais 14,1% entre 2002 e 2012).

Quanto à esperança média de vida com saúde, esta cifra-se nos 58,6 anos, em média, para as mulheres, enquanto nos homens se situa nos 60,7 anos.

 

Fonte: 
Sapo Saúde
Nota: 
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