III Inquérito Nacional Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Geral 2012

Comportamentos aditivos nos idosos exigem “cada vez maior atenção”

O estudo, feito no âmbito do III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral 2012, introduz pela primeira vez à análise dos dados a questão dos consumos na população laboral.

O presidente do organismo de combate à droga em Portugal, João Goulão, defendeu que os comportamentos aditivos na população idosa exigem “cada vez maior atenção” e uma reflexão acerca das “respostas possíveis” para combater este problema.

O estudo, feito no âmbito do III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral 2012, introduz pela primeira vez à análise dos dados a questão dos consumos na população laboral e conclui que o consumo destas substâncias é maior entre esta população laboral quando comparada com a população geral.

A investigação, promovida pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e das Dependências (SICAD), analisou o consumo diário de tabaco, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e de medicamentos no último mês e o uso de substâncias ilícitas no último ano.

Os desempregados e os trabalhadores precários e insatisfeitos profissionalmente registam maiores consumos excessivos de álcool, tabaco, medicamentos e drogas, revela um estudo divulgado, esta quarta-feira, e que, pela primeira vez, analisa o consumo de substâncias psicoactivas na população laboral.

O consumo de bebidas alcoólicas atingia os 53,2% da população laboral (50,3% na população geral) e o de tabaco situava-se nos 30 por cento (26,3% na população geral).

O estudo, que tem uma amostra de 6.817 entrevistas validadas no continente, Açores e Madeira, e inclui na população laboral os desempregados, revela consumos superiores de álcool (22,9% entre os homens contra 20,7 nos empregados), tabaco (53,3% entre os homens contra 33,8% nos empregados).

Também entre os trabalhadores a tempo parcial, a prevalência destes dois consumos é superior à dos trabalhadores a tempo inteiro.

O consumo diário de tabaco atinge os 56,2% entre os trabalhadores homens (22,4% nas mulheres) a tempo parcial e o consumo excessivo de álcool os 20,3% (4,9% nas mulheres), contra os 35,9 (20,8 nas mulheres) e os 19,6 por cento (4,9% das mulheres) dos trabalhadores a tempo inteiro.

Fonte: 
Jornal de Notícias Online
Nota: 
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