Prevenir o cancro da mama

O rastreio e a deteção precoce aumentam significativamente as hipóteses de tratamento bem-sucedido. Em Portugal, o rastreio organizado com mamografia é gratuito e feito a cada dois anos para mulheres entre os 50 e os 69 anos.
Mulheres com alto risco de cancro da mama, como aquelas com história familiar relevante, podem ser aconselhadas a começar o rastreio antes dos 50 anos ou a fazer mamografias e ressonâncias magnéticas anualmente.
Alguns hábitos e comportamentos podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento do cancro da mama.
A obesidade, especialmente após a menopausa, está associada a um risco maior de cancro da mama devido ao aumento da produção de estrogénio no tecido adiposo. Controlar o peso através de uma dieta equilibrada (rica em frutas, vegetais, fibras e pobre em gorduras saturadas carnes processadas e alimentos ricos em gordura) e exercício físico regular (pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana) pode reduzir esse risco. Eliminar ou limitar a ingestão de álcool (não mais que uma bebida por dia) pode ajudar a reduzir de cancro de mama. Embora o tabagismo esteja mais diretamente relacionado ao cancro do pulmão, também pode aumentar o risco de vários outros tipos de cancro, incluindo o da mama.
A contraceção hormonal (pílulas, implantes) pode aumentar ligeiramente o risco de cancro da mama, especialmente com uso prolongado. Mulheres com alto risco devem discutir as opções com o médico. A terapêutica de substituição hormonal (TSH) usada durante a menopausa pode aumentar o risco de cancro da mama. Se precisar de TSH, o ideal é usar a dose mais baixa possível e pelo menor tempo necessário, sempre sob supervisão médica. Mulheres que têm filhos mais cedo (antes dos 30 anos) e que amamentam por períodos mais longos têm um risco mais reduzido de cancro da mama. Para mulheres com um risco aumentado de cancro da mama (como aquelas com mutações genéticas como BRCA1 ou BRCA2 ou com história familiar forte), podem ser recomendadas medidas preventivas específicas, como já foi explicado.
É fundamental ter um acompanhamento médico regular para a prevenção. Durante as consultas de rotina, é importante discutir os fatores de risco, a história familiar e quaisquer sintomas suspeitos que possam surgir.
