Cólon e Reto

Cancro Colorretal: o que precisa saber

Atualizado: 
03/11/2022 - 12:00
É um dos tipos de cancro mais frequentes e a principal causa de morte por doença oncológica, no nosso país. No entanto, o cancro colorretal não tem de ser fatal: pode ser prevenido e, quando diagnosticado a tempo, tem forte possibilidade de cura. No âmbito do Dia Europeu de Luta contra o Cancro do Intestino, mostramos-lhe o que precisa saber sobre esta patologia.

Pode ser assintomático em fases iniciais

O cancro colorretal pode ser assintomático em fases iniciais, daí que seja tão importante realizar exame de rastreio, acima dos 45 anos, de modo a detetar qualquer alteração. É que esta doença tem origem em pequenas lesões, os pólipos, que crescem no revestimento do cólon. Detetados a tempo, estes podem ser removidos prevenindo-se assim o desenvolvimento de tumores. “Quanto mais precoce for o diagnóstico e retirada do pólipo maior a hipótese de evitar a progressão do cancro”, reforça a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

Antecedentes familiares entre os principais fatores de risco

Tal como alerta Isadora Rosa, Assistente de Gastrenterologia no IPO Lisboa, ter antecedentes familiares da doença aumentam as chances de poder vir a desenvolver este tipo de cancro, no entanto, a especialista, adianta que outros fatores como a obesidade, o tabaco, o consumo excessivo de álcool, o consumo de uma dieta rica em gordura e com poucas fibras e a falta de exercício físico estão também associados ao aumento deste risco.

Presença de sangue nas fezes é um dos principais sintomas

Apesar de poder ser assintomático em fases iniciais, o Cancro Colorretal apresenta sintomas muito específicos como a presença de sangue nas fezes ou a emissão de sangue após as dejeções. Por outro lado, há que estar atento às alterações dos hábitos intestinais, como por exemplo, ter mais ou menos dejeções do que era habitual, ou das características das fezes.

Segundo Isadora Rosa, podem ainda surgir perda de peso, fadiga ou dor abdominal.

O diagnóstico deste cancro é quase sempre feito através de uma colonoscopia

A colonoscopia permite visualizar o cancro e obter biopsias para confirmar o diagnóstico. Posteriormente, são necessários outros exames para definir o estádio do cancro. “Se o cancro for detetado precocemente, é possível ficar curado. Globalmente, mais de 50% dos doentes com cancro do cólon e reto estão vivos 5 anos depois do diagnóstico”, refere Isadora Rosa.

A principal forma de prevenir o cancro do cólon e reto é o rastreio

Os programas de rastreio incluem colonoscopias, que permitem detetar e tratar lesões precursoras, evitando que estas progridam para cancro.

O rastreio deve ser realizado por qualquer indivíduo, homem ou mulher, com 50 ou mais anos. “Quando há história familiar de cancro colorretal ou adenomas em familiares, sobretudo de 1º grau, ou história familiar de síndromes hereditários associados a um aumento de risco deste cancro, como a síndrome de Lynch, ou quando existe história pessoal de doença inflamatória intestinal, o rastreio pode ter de se iniciar ainda mais cedo”, alerta a gastrenterologista.

Por outro lado, sublinham os especialistas, como forma de prevenção, devem também adotar-se estilos de vida saudáveis, evitando a obesidade e o tabaco, mantendo atividade física regular e optando por uma dieta equilibrada, que inclua cereais, frutas e vegetais, com menor quantidade de gorduras, carnes vermelhas e alimentos curados. O consumo de álcool também deve ser limitado.

 

Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
<a href=