Tratamentos

Atrofia vaginal: um problema que assola algumas mulheres depois da menopausa

Atualizado: 
26/05/2023 - 09:55
A transição para a menopausa é um período desconfortável para muitas mulheres. Afrontamentos, falta de libido e mudanças de humor são alguns dos sintomas mais incómodos. Mas há ainda outro, talvez o mais drástico, que afeta cerca de 40% a 57% da população feminina nesta etapa: a atrofia vaginal.

A atrofia vaginal, também conhecida por secura vaginal ou vaginite atrófica, corresponde à alteração dos tecidos da vagina e vulva, que surge com a diminuição da produção de estrogénio. A mucosa vaginal fica mais fina e mais frágil, ferindo com facilidade, e de um modo global todos os tecidos da área genital ficam mais laxos.

“Com a diminuição da lubrificação natural, as pacientes queixam-se muitas vezes de desconforto e dor durante as relações sexuais, prurido ou corrimento vaginal. É também mais provável que estas sofram de infeções urinárias”, diz Rui Leitão, especialista em cirurgia plástica na Clínica Fisiogaspar, em Lisboa.

A administração de hormonas é dos tratamentos mais comuns no mercado, mais especificamente de estrogénio, por via oral ou tópica. Também estão disponíveis tratamentos mais invasivos, como a aplicação de laser na vagina ou injeções locais de ácido hialurónico. Apesar de eficazes a longo termo, podem ser tratamentos dolorosos ou acarretar efeitos secundários, como é o caso do tratamento hormonal, ou desenvolverem complicações como a fibrose da vagina causada pelos lasers.

Existem já à disposição alternativas não invasivas e outras minimamente invasivas para rejuvenescimento da vagina e vulva, utilizando radiofrequência.

Um dos tratamentos consiste numa cânula de uso único com o tamanho de um pequeno tampão que disponibiliza radiofrequência tópica às paredes internas da vagina e pequenos e grandes lábios, aquecendo os tecidos gentilmente e de forma totalmente indolor. Este aquecimento promove a síntese de colagénio e aumento o fluxo sanguíneo na zona com restauração das mucosas, diminuindo a secura vaginal, a sua fragilidade, e tem inclusivamente efeito na incontinência urinária de stress (pósgravítica e pós menopáusica) e na laxidão dos grandes e pequenos lábios. Este tratamento é normalmente repetido de 3 a 6 vezes com intervalos de 2 a 4 semanas e permite a retoma imediata das atividades sociais sem “dowtime”. É um tratamento não invasivo, totalmente indolor, realizado em ambulatório, sem qualquer preparação prévia e virtualmente sem complicações.

Tratamentos deste tipo são cada vez mais requisitados por mulheres que se queixam de atrofia e flacidez vaginal, que procuram tratar casos leves-moderados de incontinência urinária ou que pretendem fazer rejuvenescimento ou remodelação dos genitais externos de forma não cirúrgica”, comenta  Rui Leitão.

 

 

Fonte: 
InMode
Nota: 
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