Medicamento comparticipado

Há mais uma opção terapêutica no tratamento do cancro da Próstata

O acetato de abiraterona foi comparticipado em Portugal para o tratamento em 1ª linha de doentes com cancro da próstata metastático resistente à castração (CPmRC).

Esta é uma notícia importante para os doentes, permitindo a utilização desta terapêutica em homens adultos assintomáticos ou ligeiramente sintomáticos após falência da terapêutica de privação androgénica, e para os quais a quimioterapia ainda não está clinicamente indicada.

De acordo com Joaquina Maurício do IPO do Porto “a recente comparticipação do acetato de abiraterona para o doente com cancro da próstata metastizado, naive de quimioterapia, é facilitador para a abordagem deste doente. A possibilidade de ter um tratamento oral para um doente com progressão da doença, metastizado, sintomático ou pouco sintomático, por vezes frágil ou idoso, permite uma intervenção farmacológica menos agressiva, menos tóxica e com possibilidade de preservar por mais tempo a qualidade de vida do doente oncológico.”

O acetato de abiraterona foi aprovado pela Agência Europeia do Medicamento, na indicação referida, em dezembro de 2012 e é agora comparticipado em Portugal.

Este medicamento oferece um modo de ação único e inovador, através da inibição da CYP17, sendo a única hormonoterapia que atinge todas as fontes de produção de androgénios.

Os dados que suportam esta aprovação resultam do estudo de fase III (COU-AA-302), aleatorizado, aberto e multicêntrico realizado em doentes com CPmRC sem terapêutica prévia com docetaxel. Este estudo incluiu 1.088 doentes e os objetivos co-primários de eficácia foram a sobrevivência global (OS) e a sobrevivência livre de progressão radiográfica (rPFS), tendo Zytiga demonstrado um benefício adicional de 4,4 meses e 8,3 meses respetivamente versus o comparador.1

Além dos objetivos co-primários, o benefício também foi avaliado utilizando o tempo até utilização de opiáceos para a dor oncológica, o tempo até início da quimioterapia citotóxica, o tempo até degradação no índice de desempenho ECOG, em ≥ 1 ponto, e o tempo até progressão de PSA, com base nos critérios do Prostate Cancer Working Group-2 (PCWG2), nos quais Zytiga apresentou também vantagem versus o comparador, com preservação da qualidade de vida dos doentes.2

Sobre o cancro da próstata metastático resistente à castração em Portugal

O carcinoma da próstata constitui a neoplasia maligna mais frequente no sexo masculino e a segunda causa de mortalidade por cancro nos homens do mundo ocidental. Estima-se que uma percentagem superior a 40% dos indivíduos diagnosticados com este tumor desenvolva doença metastática; apesar de na maioria dos doentes se verificar uma resposta inicial favorável à castração médica ou cirúrgica, a progressão para um estado de resistência à castração é universal.

Fonte: 
M Public Relations
Nota: 
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