Opinião

Tabagismo: o principal fator de risco das doenças respiratórias

Atualizado: 
17/11/2016 - 14:56
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo de tabaco na Europa é responsável por 1 milhão e 200 mil mortes anuais.

Já no nosso país e segundo os dados do Relatório Anual  “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2015”, da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, as estimativas atribuem à exposição activa e passiva ao tabaco a responsabilidade por 12.369 mortes (no ano de 2013).

O referido Relatório indica-nos ainda que uma em cada cinco mortes observadas em pessoas, de ambos os sexos, entre os 45 e os 64 anos, são atribuíveis ao consumo do tabaco.

Devido ao aumento da esperança média de vida e aos efeitos do tabagismo a nível respiratório, Portugal tem vindo a confrontar-se com um incremento de doenças respiratórias crónicas, que impõem uma elevada carga no sistema de saúde, quer no que diz respeito a mortalidade, quer no que se refere à morbilidade.

Pela sua proximidade à população; pelo acesso que pode ter a equipamentos e serviços que permitem fazer um rastreio precoce e sensibilizar para os malefícios do consumo de tabaco, o farmacêutico comunitário é um elemento fundamental na identificação de doenças crónicas, controlo das patologias e, acima de tudo, na prevenção das doenças.

Através da realização de Espirometrias e de Programas de Cessação Tabágica consegue educar, sensibilizar e ajudar o utente a ultrapassar o desafio de deixar de fumar.

É de extrema importância que, durante todo o ano, os profissionais de saúde não se demitam do seu papel de educadores para a saúde.

Durante estas efemérides, como é o Dia Nacional do Não Fumador, os utentes estão mais alerta para as nossas mensagens-chave e percebem que o consumo de tabaco provoca uma perda gradual de qualidade de vida e provoca o desenvolvimento de doenças respiratórias crónicas, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, cancro do pulmão, podendo mesmo levar à morte.

Mais de 90% dos fumadores portugueses iniciaram o consumo antes dos 25 anos, sendo que, cerca de metade nunca fizeram qualquer tentativa para parar de fumar.

O tabagismo constitui um fator de risco, não apenas para o fumador, mas para todos aqueles que se encontram expostos ao fumo do tabaco.

Neste sentido, a propósito do Dia Nacional Sem Tabaco, que se assinala a 17 de novembro, desafiamos os nossos utentes a fazerem uma avaliação respiratória no nosso serviço Respirar Melhor e a deixarem já hoje de fumar, através da realização de uma consulta de Cessação Tabágica.

Lembre-se: um fumador tem, em média, menos dez anos de vida!

Venha ter connosco, nós sabemos como ajudá-lo.  

Autor: 
Ana Valério - Diretora Técnica Farmácia Holon Oeiras
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Ana Valério