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O que fazer durante uma crise epiléptica

Atualizado: 
26/12/2019 - 15:24
As crises epilépticas são episódios de descarga anormal e excessiva de células nervosas cerebrais, que afectam temporariamente a forma como a pessoa se comporta, move, pensa ou sente.
Crise epilépsia

O que fazer perante uma crise epiléptica?

Se testemunhar uma crise convulsiva generalizada, com queda e abalos musculares generalizados:

1. Permaneça calmo e vá controlando a duração da crise, olhando periodicamente para o relógio;

2. Coloque uma toalha ou um casaco dobrado debaixo da cabeça da pessoa;

3. Quando os abalos (convulsões) pararem coloque a pessoa na posição lateral de segurança (PLS);

PLS - Deve alinhar o corpo da vítima e colocar o braço da vítima que está junto a si dobrado, com a palma da mão virada para cima. Dobre o outro braço sobre o tórax e encoste as costas da mão à cara da vítima do seu lado. Com a outra mão segure a perna da vítima do lado oposto ao seu acima do joelho e levante-a, de forma a dobrá-la, rolando o corpo na sua direcção.

Mantenha uma mão a apoiar a cabeça da vítima enquanto a faz rolar.

4. Permaneça com a pessoa até que recupere os sentidos e respire normalmente;

5. Se a crise dura mais do que 5 minutos, chame uma ambulância.

Tenha em atenção:

  • NÃO introduza qualquer objecto na boca nem tente puxar a língua (a teoria de que as pessoas podem "enrolar a língua" e asfixiar não tem fundamento);
  • NÃO tentar forçar a pessoa a ficar quieta;
  • NÃO lhe dê de beber.

Se presenciar uma crise mais "ligeira", sem queda nem movimentos convulsivos (por exemplo, em que ocorra apenas um período de confusão e comportamentos invulgares):

1. Proteger o doente de um eventual perigo durante uma crise;

2. Dar o devido apoio até à recuperação completa da consciência.

Quando chamar o 112?

1. Sempre que tiver dúvidas sobre o melhor procedimento;

2. Se for a primeira crise da pessoa (sem epilepsia prévia);

3. Se a crise for mais prolongada do que o habitual (geralmente as crises não ultrapassam os 2-3 minutos de duração) ou se observar crises repetidas, sem recuperação dos sentidos no intervalo;

4. Crise com ferimentos sérios;

5. Dificuldade em retomar respiração normal no final da crise.

Fonte: 
epilepsia.pt
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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