Cuidados com a alimentação

Crianças com doenças de adulto

Atualizado: 
22/07/2019 - 12:07
Hoje, as crianças têm, cada vez mais cedo, doenças consideradas de adultos, como, por exemplo, hipertensão, retenção de líquidos, problemas cardíacos, limitações e desequilíbrio das atividades do organismo. Por isso, o cuidado com o consumo de sal deve começar desde a primeira papinha que prepara ao seu bebé.
Criança indecisa entre donuts e maçã

Isto não significa que a comida não deve ter sabor, pelo contrário. A refeição deve ser saborosa e, para isso, para além de variar os ingredientes na preparação da sopa, é preciso incluir temperos frescos, como ervas aromáticas, cebola, alho e azeite, ou substituir o sal de cozinha por outro cem por cento natural, com cinco vezes menos sódio do que o tradicional.

 

A ingestão diária de sal/sódio feita pelos portugueses está acima do recomendado. Como tal, é muito importante reduzir a sua ingestão diária. Para isso, deve ter em conta três fontes principais destes elementos:

O sal que adicionamos às nossas refeições – Reduza gradualmente a quantidade de sal que adiciona às refeições. Lembre-se que a dose máxima recomendada é de cerca de uma colher de sobremesa (cinco gramas de sal)… por dia! As papilas gustativas vão “educar-se” em pouco tempo.

Alimentos naturalmente ricos em sal/sódio – Estes alimentos devem ser evitados. Aqui ficam alguns exemplos:

• Produtos de salsicharia, charcutaria e alimentos fumados (ex.: fiambre, presunto, chouriços, alheiras, bacon);

• Rissóis, croquetes, chamuças, bolinhos de bacalhau, panados, folhados...

• Margarinas, manteiga com sal e outras gorduras para barrar.

• Aperitivos salgados (como azeitonas, amendoins, cajus e outros).

• Alguns tipos de queijos, em especial os curados.

Alimentos processados ou enlatados (por exemplo, batatas fritas de pacote, refeições precozinhadas, sopas de pacote, molhos embalados, entre outros) – Este tipo de alimentos, juntamente com as refeições que se fazem fora de casa, são responsáveis por 77 por cento de todo o sódio que ingerimos diariamente. Geralmente, têm grandes concentrações de sal/sódio, que é utilizado para intensificar o sabor ou ajudar à conservação durante mais tempo. Neste caso, é muito importante saber ler os rótulos, verificando o respetivo teor de sal/sódio, e estar atento porque, em muitos casos, o rótulo não tem indicação de sal, mas sim de NaCl (cloreto de sódio), simplesmente sódio ou elementos que o têm na sua composição, como é o caso do bicarbonato de sódio ou o glutamato monossódico. Se encontrar uma destas situações, em que a rotulagem apenas tem a quantidade de sódio, prefira os produtos que têm menos de cinco por cento da dose diária recomendada.

Artigos relacionados

Alimentação saudável é a que nos mantém sem inflamação

8 alimentos ricos em proteína para substituir a carne

Em Portugal uma em cada três crianças é obesa

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Foto: 
ShutterStock