Quando algo perturba o equilíbrio natural do sistema digestivo [1], os movimentos intestinais podem tornar-se mais acelerados e há uma alteração da absorção dos alimentos. Isto leva a que, tanto os alimentos como a água sejam absorvidos em menor quantidade pelo intestino, originando a formação de dejecções mais frequentes de fezes moles e aquosas, conhecidas como diarreia [2].
As principais características da diarreia são o aumento do número de evacuações e a perda de consistência das fezes, que se tornam aguadas. Já no que toca à duração a diarreia pode ser classificada como aguda ou crónica.
A diarreia aguda é súbita e de curta duração – pode ter uma duração até 2 semanas – e na maioria dos casos é possível lidar com este tipo de diarreia com facilidade com a toma de um antidiarreico à venda no mercado. Estes medicamentos ajudam o seu sistema digestivo a restabelecer o seu ritmo normal.
A diarreia crónica é mais persistente ou recorrente, pode não ocorrer todos os dias, mas ao contrário da diarreia aguda, apresenta recorrência e não parece parar. Uma das piores complicações da diarreia é a desidratação, por isso deve ingerir muitos líquidos e descansar, pois a fraqueza é outro dos sintomas frequentes.
Os sintomas de ambos os tipos de diarreia são as dejecções frequentes de fezes moles e aquosas, que podem ser acompanhadas de dor abdominal, espasmos ou distensão abdominal. O que distingue a diarreia aguda da crónica é a duração/intensidade dos sintomas.
Apesar de na maioria das vezes se tratar de uma situação benigna, a diarreia pode ser o sintoma inicial de várias outras doenças como: úlcera gastrointestinal, alguns tipos de cancro, SIDA e de outras doenças que acarretam a má absorção dos nutrientes.
Caso a diarreia continue persistente apesar de todas as medidas enunciadas, deve procurar assistência médica.
Causas
Pelo menos uma vez na vida todas as pessoas têm diarreia. A principal causa da diarreia é a intoxicação alimentar. No entanto, são vários os motivos que podem originar a diarreia:
Tipos de diarreia
Já referíamos a possibilidade de a diarreia ser aguda ou crónica e que se caracteriza por provocar um maior número de dejecções. Este tipo de diarreia “dito mais comum” pode estar associada a uma combinação de stress, medicamentos e alimentos. Por exemplo, excesso de gorduras [4], de cafeína, mudança do tipo de água ingerida ou mesmo ansiedade diante de acontecimentos importantes;
Já o caso de a diarreia ter causa infecciosa – diarreia infecciosa – pode provocar febre [5], perda de energia e de apetite e é, habitualmente, causada por visores e bactérias. Se não for convenientemente tratada, os sintomas podem demorar até uma semana a desaparecerem;
A amebíase [6] é um tipo de diarreia causada por um protozoário que invade o sistema gastrointestinal transportado por água ou comida contaminada. Trata-se de uma infecção típica dos trópicos, muito frequente em viajantes e nos habitantes de regiões de clima temperado. A amebíase pode ocasionar desde uma leve dor de estômago e flatulência até febre, prisão de ventre, debilidade física e fezes aguadas com manchas de sangue.
A giardíase, também é provocada por um protozoário, a giárdia, e os seus sintomas variam da simples dor de estômago à diarreia persistente ou à presença de fezes pastosas. Outros sintomas incluem desconforto abdominal, eructação (arroto), dor de cabeça [7] e fadiga. A giárdia espalha-se pelo aparelho digestivo através da ingestão de água e alimentos contaminados. Também pode ser transmitida por relações sexuais ou por excrementos;
Por fim, existe a diarreia que surge na sequência da intolerância à lactose [8]. Ou seja, algumas pessoas não conseguem digerir a lactose (açúcar encontrado no leite e seus derivados), porque não produzem uma enzima chamada lactase. Entre os seus sintomas, destacam-se tanto a diarreia como a prisão de ventre, distúrbios estomacais e gases.
Recomendações
Para qualquer dos tipos de diarreia referidos deve beber muitos líquidos, 2 a 3 litros por dia, para evitar a desidratação. Como a água não repõe a perda de sódio e potássio, procure suprir essa necessidade com soro fisiológico ou outros líquidos que contenham tais substâncias. As pessoas com tensão arterial [9] elevada, diabetes [10], glaucoma [11], doenças cardíacas ou com história de derrames devem consultar o médico antes de ingerir bebidas que contenham sódio [12] porque correm o risco de elevar a tensão arterial;
Não deve deixar de comer, uma vez que suspender a alimentação só vai agravar mais o estado de desidratação, interrompendo o fornecimento dos nutrientes necessários para o organismo reagir. É preferível ingerir arroz, caldos de carne magra, bananas, maçãs e torradas. Estes alimentos dão mais consistência às fezes e, especialmente a banana, é rica em potássio.
Também:
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/sistema-digestivo
[2] http://www.atlasdasaude.pt/content/diarreia
[3] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/infeccoes-virais
[4] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/gorduras-alimentares
[5] http://www.atlasdasaude.pt/content/febre
[6] http://www.atlasdasaude.pt/content/amebiase
[7] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/dor-de-cabeca-cefaleias
[8] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/intolerancia-lactose
[9] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/tensao-arterial
[10] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/diabetes
[11] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/glaucoma
[12] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/sodio
[13] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/fibras
[14] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/desinfeccao-da-agua
[15] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/drauziovarellacombr
[16] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[17] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-digestivo
[18] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/alimentacao-receitas-e-dietas
[19] https://www.atlasdasaude.pt/taxonomy/term/47816