Para uma fusão

Pfizer e AstraZeneca em negociações

Negociações estão suspensas há já alguns meses, mas os especialistas acreditam que um acordo entre as duas farmacêuticas poderá ainda ser fechado. A operação seria a maior de sempre no sector.

A Pfizer, a maior companhia farmacêutica a nível mundial, manteve conversações informais com vista à aquisição da AstraZeneca, fabricante especializada em medicamentos para asma e coração. A informação foi revelada ontem pelo jornal londrino “Sunday Times”, que fala numa operação na ordem dos 100 mil milhões de dólares (72 mil milhões de euros).

Para já, e de acordo com as fontes consultadas pela publicação, as negociações estão suspensas e não há planos para retomarem. Contudo, caso estas recomeçassem, a operação de compra apresentar-se-ia como a maior de sempre no ramo farmacêutico.

As duas empresas recusaram-se a comentar o assunto. Apesar de não excluírem um eventual regresso às negociações, os analistas acreditam que dúvidas quanto à rentabilidade do negócio para a Pfizer poderão ter estado na origem da suspensão das conversações.

Ainda assim, a compra da AstraZeneca permitiria à Pfizer mudar o seu domicílio fiscal para o Reino Unido, um movimento que tem permitido a outras farmacêuticas nos Estados Unidos da América reduzir a sua factura fiscal, explica a Bloomberg.

Entretanto, como destaca o “The Guardian”, as especulações sobre esta negociação já levantaram preocupações quanto à segurança dos postos de trabalho no sector farmacêutico.

Nos últimos três anos, a Pfizer tem reorganizado os seus negócios, com uma reformulação quanto às prioridades dos seus projectos de investigação. O impacto nas acções da empresa fez-se sentir, com ganhos de 35% nos últimos dois anos.

De acordo com dados compilados pela Bloomberg, a Pfizer tem estado no topo de mega-fusões no sector farmacêutico, sendo a actual recordista com a aquisição da Warner-Lambert Co em 2000 por 87 mil milhões de dólares (63 mil milhões de euros).

O acordo com a AstraZeneca levaria a maior farmacêutica mundial a reforçar a sua presença em outras áreas, numa fase em que ambas querem dinamizar os seus negócios devido ao fim dos prazos de patente de alguns dos seus medicamentos mais vendidos.

Fonte: 
Jornal de Negócios
Nota: 
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